domingo, 1 de abril de 2012

O POVO SAIU À RUA

O sofrimento silencioso de uma parte deste povo que merecia uma elite do poder mais desprendida e solidária, está bem plasmado neste post da Suzana Toscano - mas também no "estar sentado é perigoso para a saúde" e no "resistir" de Massano Cardoso- e infelizmente não é caso único (Sampaio falava há pouco na enorme dignidade de um povo que sofre! - infelizmente um sofrimento imposto muito do qual não da sua responsabilidade).

Portugal tem esta coisa estranha de conviver com o melhor em várias "artes e disciplinas", como é hoje o caso da medicina dentária, com uma parte de um povo etnograficamente de uma extraordinária riqueza que o tem feito sobreviver à indecência de uma nobreza de corte - como o que se mostrou ontem contra a morte das freguesias por decreto - desprovido e excluído do acesso a um rendimento mínimo de dignidade e sustentabilidade (basta cruzar o PIB per capita com a distância entre o seu ponto mínimo e máximo). 

Em consequência, sofre o povo e sofre o país, enquanto se enganam do seu "vazio interior" uns poucos, por um país desequilibrado a várias velocidades. Que se alterasse esse desequilíbrio com mais justiça de partida e solidariedade, conseguiria o país só por essa via "ganhar" muitos pontos a acrescer ao PIB, ajustando-se até no seu ratio orçamental e reganhando novos sorrisos, em muitas das poucas faces desta população sistematicamente amargurada, desesperançada e  triste.

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