terça-feira, 4 de setembro de 2012

O AJUSTAMENTO EXTERNO POR MENOS ECONOMIA

” (…) Sendo indiscutível que o ajustamento externo registado na economia portuguesa é impressionante, há razões para olhar com cautela para o que está a acontecer.
 Por um lado, metade do ajustamento comercial deve-se à queda das importações (carros dão um contributo importante, mas menos maquinaria e investimento produtivo foram também decisivos). Por outro, Portugal está a pagar muito menos rendimentos ao exterior, em grande parte porque está em recessão, remunerando menos os investimento dos estrangeiro, o que está longe de ser animador.
 Estas são dinâmicas com efeitos potencialmente perversos para o futuro da economia e que apontam um elevado risco de insustentabilidade a médio prazo da correcção do défice externo que Governo e troika tanto elogiam. Notícias sobre a morte do défice externo são, neste momento, claramente exageradas. “
Desde logo se percebia que o ajustamento externo sendo positivo, principalmente do lado das exportações, só é positivo na medida em que se pense um portugal muito, muito pequenino.
Esta dinâmica é alimentada por níveis económicos de um país muito pobre, sem capacidade de importar bens reprodutivos. Uma anemia destas só é possível com um país de poucos milhões de habitantes, empobrecidos e envelhecidos. 

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