segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TEMPO DE UNIDADE NA DIVERSIDADE

A SEDES merece-nos todo a admiração e respeito como fórum de análise social e económica, espaço passado e futuro de liberdade e pensamento, porque se assume como esteio agregador de cortes epistemológicos da sociedade integrada.

Alguma análise social necessita, no entanto, de ser recentrada e tocada por outras realidades, num mundo não só externa mas internamente mais plural, mais massificado, menos dependente de redes e cruzamento de elitismos fechados, espaços de privilégios.

O mundo, hoje, mundo desgarrado de informação por canais ainda há pouco insuspeitos, já não se coaduna com elites do saber fechadas, confundindo-se muitas vezes, ainda, com as elites do poder estáticas avessas à circulação. Como já não se coaduna com a noção arcaica de esquerda e de direita, porque a direita e esquerda são espaços massificados feitos de substratos de minúsculas lâminas de ideias.

As elites do poder tem hoje de desarmar e perceber que para sobreviver num mundo cada vez mais plural terão que caminhar no sentido do verdadeiro elitismo do futuro, no regresso a que Pareto definiu como os melhores em cada área do saber ou o índice elevado de capacidades individuais ou na visão agregadora dessas áreas! Mas esse caminho terá de ser feito na medida do conhecimento do outro mundo, o da sabedoria à tona elitista das massas.

Não será certamente fácil, porque nunca é fácil abdicarmos de situações de escondido privilégio e olharmos o mundo através de outros olhos e outras realidades! A construção de civic nations, como corolário da liberdade, no entanto, exige-o!

Sem comentários:

Enviar um comentário