«Acredite, também tenho os meus momentos de angústia e também tenho os meus momentos em que não durmo a pensar nisso e sei bem o que isto significa em todo o mundo. O desemprego cresce em Portugal como cresce em todo o lado e o nosso dever é combater isso», palavras e resposta laica de José Sócrates para a hierarquia da Igreja.
A Igreja na sua magnimidade pode perdoar, não pode é deixar de "receitar" uma enorme quantidade de actos de contrição, arrependimento esse que contrasta já com a celeridade em contratar malabaristas de comunicação que estendam o tempo dos pecados.
De um primeiro-ministro, mais a mais dito Socialista, espera-se não que tenha alguns momentos de angústia, mas que se interrogue sobre uma política de quatro anos a diminuir apoios sociais, a deixar ASAES em roda livre, a aumentar impostos e todo o tipo de taxas e obrigatoriedades, a diminuir cada vez mais a margem de manobra das famílias e das pequenas e média empresas em geral.
A notícia que as mulheres Portuguesas gostariam de ter três filhos é também indiciadora desta falta de visão social e de desenvolvimento natal que compara os 40 € com a média de apoio de 150 € por filho na Europa Comunitária.
O exemplo do Bairro da Bela Vista, os já cerca de 40% de desempregados sem qualquer tipo de subsídio e a contratação da equipa de Obama para tentar reverter as sondagens pouco seguras para uma nova maioria absoluta, são outros indícios recentes da estatura humana, social e cultural de José Sócrates Pinto de Sousa. As insónias, essas, também farão parte deste rol ou quedar-se-ão por Alcochete e pelos Eurojusts da justiça muito mais terrena que divina?
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