REVISITAR O PASSADO EM BRIDESHEAD OU CÃES DE FILA PORTUGUESES

«No capítulo 4 da segunda parte, Vítor Bento trata a Administração do Estado e Justiça, indicando a perda de uma cultura de serviço público como factor de estrangulamento da administração pública que por sua vez limita a capacidade de funcionamento de toda a sociedade. Para retomar esse sentido de serviço pública, sugere Vítor Bento um processo de “pública validação” dos principais responsáveis de organismos públicos, com remuneração condizente.A transparência quanto aos conhecimentos e percursos dos nomeados será certamente um factor importante uma melhor selecção na administração pública, até por um efeito dissuasor de candidaturas menos qualificadas.» http://www.sedes.pt/blog/?p=1055

Este enfoque sistemático de Vítor Bento na remuneração condizente dos principais responsáveis, sejam eles de organismo públicos ou privados, com certeza bem intencionado, é que denota alguma falta de conhecimento de uma parte substancial da realidade.
A não ser que candidaturas menos qualificadas, queira dizer isso mesmo, porque está sobejamente provado na realidade Portuguesa, remuneração a mais não é necessariamente, bem pelo contrário, sinónimo de qualidade e boas práticas.
O caminho encontra-se, quando percebermos que não podemos continuamente a revisitar o passado em Brideshead, mas revisitar o futuro num novo exemplar Português em que a remuneração a mais não seja condição sina qua non de boas práticas, mas a valoração de um novo exemplar Português ético.
Afinal, trata-se de encontrar o novo e fiável cão de água Português, onde só desfilam os perigosos Pitbulls, Rotweillers e cães de fila Portugueses.