sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

NOJO AOS CÃES

«Vicente Jorge Silva
Sol de 17 de dezembro de 2010
“o alinhamento do PS com a direita no chumbo da iniciativa da legislativa do PCP que visava, precisamente, a tributação no timing certo desses dividendos antecipados (tal como sucede com a generalidade dos contribuintes que não podem recorrer a idênticos expedientes).
Ora, o mais sintomático foi que isto aconteceu apesar de declarações anteriores do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, criticando o mau exemplo patriótico das administrações que colocavam as mais-valias individuais acima de um interesse superior de coesão”.
Esta movimentação da bancada do PS a favor dos interesses dos grandes accionistas de empresas como a PT e a Galp que decidiram antecipar para 2010 o pagamento de dividendos e, assim, realizarem uma monstruosa fuga aos impostos, é incompreensível. De um lado, o PS, com o beneplácito régio do seu gémeo no Bi-Partido, o PSD e a aprovação esfíngica de Cavaco Silva retira benefícios sociais a desempregados e pensionistas, abonos de famílias a crianças e aumenta severamente a carga fiscal sobre as famílias, enquanto que do outro, impede que os ricos paguem os seus impostos.
Este desajustamento entre o discurso de Teixeira dos Santos e José Sócrates que publicamente criticavam a distribuição destes dividendos e depois – subrepticiamente – davam instruções à bancada parlamentar de zombies (ou “yesman”) do PS para chumbarem a iniciativa legislativa do PCP que iria taxar estes dividendos revela um sistema partidário penetrado até à medula pelos Interesses financeiros que beneficiaram destes dividendos. São estes Interesses que financiam as caríssimas campanhas eleitorais da Partidocracia e dos candidatos presidenciais apoiados pelos Partidos. Este chumbo é suspeitosíssimo e num país a sério já estaria a ser investigado em busca de indícios de corrupção. Não é o caso.
Nem será. E isto só é possível porque em Portugal o sistema político é monopolizado pelos Partidos: que exercem a seu bel prazer e grande benefício o Poder, encarando com repulsa todos aqueles que procuram exercer os seus direitos cidadãos e julgam que a Democracia é de todos e não apenas dessa chusma nojenta dos “políticos profissionais” que defendem ciosamente estes Interesses (a troco sabe-se lá do quê). A Democracia tem que ser renovada. E a começar pela Presidência da Republica com a eleição de um Candidato verdadeiramente independente e apartidário como Fernando Nobre e através da admissão de deputados independentes como defendemos NESTA petição.»

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CRIMINOSOS

«A  SIC contactou os ministérios das Finanças e da Segurança Social. O gabinete de Helena André garante que não há qualquer irregularidade nestas nomeações e que os cargos são ocupados por concurso e os dirigentes até irão ganhar menos.

O  certo é que o Diário da República não deixa dúvidas sobre promoções das chefias da Segurança Social e aumentos salariais, em plena véspera de passagem de ano e da aplicação das medidas de austeridade.»

«Novo código contributivo: conheça o impacto na economia real

Muitos portugueses vão passar a descontar mais para a segurança social. Trabalhadores dependentes vão descontar sobre mais parcelas do salário»

BOA MEDIDA

«Sociedades por quotas: agora só precisa de um euro»

MARTHA MEDEIROS: A DESCOBERTA

Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

«Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Martha Medeiros»

SEM BENEFÍCIO DA DÚVIDA

A carta recebida por Seixas da Costa  http://duas-ou-tres.blogspot.com/2010/12/uma-carta-recebida.html merecerá este comentário, «Quando um povo é posto perante muitos princípios e poucos fins; quando a luz ao fim do túnel é cada vez mais ténue e todos os dias o crescimento do túnel parece mais veloz que a velocidade da luz...o que se espera dos povos?», ou somos nós, povos, que somos mestres da nossa própria impaciência?

O CASO ENSITEL

«Ensitel – O que deverias ter feito?
Por António de Castro (*)

A Ensitel tem sido na última semana um tema de referência, na óptica da comunicação, relações públicas e marketing digital. Infelizmente para a marca, pelas razões mais negativas no que diz respeito a gestão de clientes, reputação de marca e mobilização anti-marca. Parece que a realidade do Marketing mudou sem que os tivessem avisado. Ou pelo menos, sem que tivessem “avisado” os decisores que alimentaram avidamente esta movimentação viral e autónoma antipatia digital.

Façamos uma retrospectiva para correcta contextualização deste tema quente: A Ensitel, cadeia especializada em telecomunicações, decidiu recentemente interpor uma providência cautelar que visa uma “blogger” e a sua liberdade de expressão digital (#erroensitel1). Ainda agora vai a procissão a partir e já começa a tropeçar! O objectivo da Ensitel, escudado nesta sua recente pretensão jurídica, de 31 páginas de extensão, é simples na sua mais básica essência: retirar do blog que a autora mantém em (http://jonasnuts.blogs.sapo.pt/), o “post” que relata a compra dum telemóvel, o processo de devolução impossível após manifesta insatisfação no serviço/equipamento (#erroensitel2) e os 6 “posts” subsequentes que manifestam a sua visão pessoal da política de reclamação e devolução de equipamentos da marca. No seguimento da impossibilidade de troca, já com o Centro de Arbitragem de Consumo de Lisboa envolvido, julgamentos e decisões de lei, a marcha continua, em pedras bicudas e aguçadas para quem gosta de manter clientes satisfeitos. Ou talvez não …

António Castro A posição da Ensitel, cujo fundamento jurídico não tenho legitimidade nem pretensões para discutir, revela uma cabal falta de sensibilidade no que diz respeito ao marketing, respeito pelo consumidor e pela sua fidelização, filosofia inerente aos mais básicos conceitos da gestão de consumidores. Enviar uma missiva jurídica, com 31 páginas, na voz de advogados, para censurar 6 posts, fez maravilhas mediáticas pela amplificação de um assunto que já tinha 2 anos e que quase ninguém conhecia (#erroensitel3). Na sequência desta posição vincada, Maria João decidiu que a sua liberdade de expressão estava em causa e que não retirará os “posts” referentes à sua insatisfação, mesmo após providência cautelar. Agora, entra o poder da comunicação digital e das redes sociais que a Ensitel certamente desconhece como estratégia inserida nos seus propósitos de marca.

Ensitel, se me estás a ouvir, atenta nas minhas palavras: nas redes sociais microblogs e canais de comunicação digitais, (e enumero alguns caso não conheças: Twitter, Facebook, Hi5,Youtube, blogs, entre outros, para não te cansar… ) o consumidor é que julga, sentencia, aprova ou desaprova as marcas. Os tribunais, advogados e juízes do consumo, cara Ensitel, são os consumidores e já devias saber disso. Mas se não acreditas em mim, acredita nos números e nas estatísticas da página do Facebook Nunca Mais Compro nada na Ensitel (http://www.facebook.com/Ensitel) e nos seus 3974 fãs (and counting) e nos 4682 fãs da página oficial da tua empresa (http://www.facebook.com/#!/pages/Ensitel/147041189364), cujo número é enganoso: a quantidade de pessoas existentes na página é fruto apenas da vontade de propagar a mensagem e a voz activa da defesa dos consumidores. Portanto, os teus fãs são teus inimigos. Certo?

E se ainda não acreditas, tenta fazer uma pesquisa no Twitter com a Hashtag #ensitel. Ficarás surpresa com a quantidade de exposição mediática que tens.

O que deverias ter feito?

Espero que não consideres abusivo o meu tratamento por tu, mas afinal de contas és uma marca e eu sou um consumidor, e parece-me que temos uma relação efectiva, duradoura, pelo menos potencial. Ou não …

Não leves a mal as minhas palavras, são apenas as de alguém que entende um pouco melhor a comunicação, o marketing e o poder das redes sociais e que nem está a cobrar nada pela sessão formativa, já que o dinheiro foi canalizado para os advogados e não para um Gestor de Social Media, Relações Públicas ou para um simples telemóvel que tinha resolvido a questão. Portanto, o que deverias ter feito ou o que pura e simplesmente não deverias ter feito?
  • #erroensitel1
    Nunca ameaçar judicialmente a liberdade de expressão digital de um consumidor que vive num estado democrático.
  • #erroensitel2
    Nunca, mas mesmo nunca, tentar remover posts ou censurar conteúdo de Opinion Makers Digitais com ferramentas de fácil propagação de informação ao seu dispor.
  • #erroensitel3
    Nunca apague fogos com gasolina. A probabilidade é de se vir a queimar. A diplomacia é geralmente a melhor forma de resolver questões: apenas depois vem a advocacia.
  • #erroensitel4
    Os consumidores têm tendência para espalhar viralmente questões que afectam as suas liberdades. É o poder do marketing em rede.
  • #erroensitel5
    Contratar urgentemente alguém que perceba de Social Media e dispensa os advogados como opção primária e privilegia a interacção e opinião dos que se queixam.
  • #erroensitel5
    Achar que as reclamações são negativas, e não parte dos processos de melhoria qualitativa de produto. Esconder a verdade não a transforma em mentira.
E agora, deixo-te alguns conselhos, porque o Natal ainda está no ar, sou generoso e faço trocas de prendas pelo Natal, quando elas não funcionam.
  1. Monitoriza as conversas digitais, menções e referências à tua marca, usando ferramentas de análise e detecção de tendências. Usa o Twitter, Facebook e os Blogs para amplificar o lado positivo da tua actuação e não para imortalizar as opiniões negativas.
  2. Contrata uma pessoa talentosa para fazer a gestão da comunicação nas redes sociais, preferencialmente alguém que a entenda. Se um gestor de comunicação digital não entender a orgânica própria de um canal, não poderá gerir efectivamente esse meio. Gerir uma página de Facebook, uma conta de Twitter ou analisar métricas de Analytics não é a mesma coisa que entregar panfletos, escrever newsletters em papel ou distribuir folhetos promocionais.
  3. Reage positivamente às tomadas de posição dos consumidores e aproveita a resolução das questões como forma de publicidade positiva, enquanto marca que se preocupa.
  4. Não assines comunicados de marca com o distanciamento presente no texto “A administração”. A menos que queiras semear distância, altivez e arrogância. Mas parece que já vimos que isso não funciona.
  5. Entende que as redes sociais vieram para ficar e o poder agora é do consumidor. Fixa as minhas últimas palavras: “prosumers”. Os consumidores como produtores de informação, actores fundamentais nos processo de definição de marcas, produtos e conceitos comerciais. Afinal de contas, os produtos servem as necessidades dos consumidores.
Mas estes são apenas conselhos que és livre de acatar ou não. Vai por mim … Sou um “prosumer” confesso! Terminologia jurídica à parte.

(*)Consultor de Social Media»
O recente caso Ensitel aqui exposto de uma forma linear e soberba por parte de um Prosumer confesso, consultor de Social media, é demonstrativo da mentalidade reinante nalgumas (felizmente, esperemos, cada vez menos empresas da nossa praça).
E ainda há quem ache que empresas como esta, que nem os clientes respeitam, devem ser deixadas em roda livre em relação à liberdade total para despedir!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NA MOUCHE

«Sublinha que «a razão porque não deixam entrar o FMI em Portugal e fazem uma política de sobrecarregar ainda mais o contribuinte é porque querem que o contribuinte sustente este modelo pornográfico de Estado que temos»

A ESQUERDA QUE RASGOU POR EXCESSO AS SUAS BANDEIRAS

«A este propósito não resisto a acrescentar – não para si, claro – que a visão estreita destas coisas e o profundo desconhecimento que têm do funcionamento da economia, por parte de certos sectores ideológicos (que se pensam de esquerda), levou a que deixassem passar debaixo do nariz (e foram cúmplices de) o maior processo de transferência de rendimento a favor do capital (investido e transferido para o SNT), enquanto andaram atrás de gambozinos ideológicos, como este agora.»V.Bento.
Este parágrafo de VB é denunciador de um dos maiores paradoxos da história económica Portuguesa moderna e dos apaniguados ideológicos. Do mesmo modo da dificuldade de saber «onde está o Wally», medidas da denominada esquerda têm se confirmado como verdadeiras medidas de direita e vice versa.
O que falta é mercado, não reguladores de monopólio ou oligopólio, o que falta é dizer não a monopólios públicos ou monopólios privados.
A transferência de rendimento de que fala VB, processou-se por via de vários  monstros que criaram o monstro: monopólios privados e públicos, reguladores, custos de contexto acrescidos diários na economia, excesso de garantismo na justiça, excesso de público, excesso de penalidades, coimas, decretos leis, excesso de administrações, corporações,... no fundo um ambiente de emprego e não trabalho, um ambiente de não concorrência. A consequência está aí, clara: a implosão do FUNDAMENTAL transaccionável, por um Estado balofo IMAGEM DO NÃO TRANSACCIONÁVEL, a matar  uma bandeira de uma esquerda - que quer ser esquerda apenas porque se diz?
Os ST fecham quando não competem, os SNT mantêm-se porque engordam ou mantêm o peso à custa da pele e do osso dos ST.

GENTE SEM VERGONHA

OS DESEMPREGADOS QUE PAGUEM A DEMÊNCIA DOS GOVERNANTES


Sentir asco é um sentimento cruel.
Mas é exactamente isso que eu sinto deste governo.
O governo que queria construir o TGV e a terceira autoestrada Lisboa Porto, confunde agora pobres com muito pobres.
Vergonha, senhor Pinto de Sousa!
Vergonha, por ter arruinado Portugal!

ASAE PARA A CHINA JÁ

Enquanto a Europa faz harakiri com entidades como a ASAE, do Sr. Nunes, satisfeita por até já estar na NET a penalizar  quem compra por 10 e vende por 40 (entidade que bebe culturalmente  de instituições como a Inquisição e outras mais recentes e sinistras)  desincentivadoras do investimento pela múltipla regulamentação e coimas milionárias (20% para os cofres da ASAE) por tudo e nada, a China prepara-se para dominar o Mundo e dominar os povos.
Tem a China culpa da falta de inteligência de alguns povos?

ENSITEL EMPRESA DE MAU REGIME

A polémica que estalou sobre a Ensitel e o marketing viral fizeram o resto.
Para os estudiosos do e-marketing fica a sensação que esta empresa não é tanto uma empresa do século XXI, mas uma empresa da Europa Central dos anos 40.
Tratar os clientes com desdém e arrogância nesta segunda década do Século XXI, no século dos consumidores, por um punhado de Euros, não é apenas indiciador de tudo o que não deve ser a gestão corporativa, mas uma idiotice a toda a prova, muito à imagem de um regime obtuso e  ranhoso Socratino.

O ANÃO GIGANTE

Recomenda-se!

MODERAR O ACESSO AO SNS

Aproxima-se a passos largos o fim do SNS.

domingo, 26 de dezembro de 2010

NÃO SOU DE DESISTIR NEM DE ME DEIXAR VENCER PELAS DIFICULDADES

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MUDANÇA DE ACTORES

O debate de ontem entre Defensor de Moura e Cavaco foi a prova provada que não há inocentes em Portugal entre a actual classe política.
Novos actores exigem-se na cena política Portuguesa, queiram os Portugueses em geral, os outros não inocentes, mudar.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

EXCERTO DO SERMÃO DO LADRÃO DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA

«Levarem os reis consigo ao Paraíso ladrões não só não é companhia indecente, mas ação tão gloriosa e verdadeiramente real, que com ela coroou e provou o mesmo Cristo a verdade do seu reinado, tanto que admitiu na cruz o título de rei. Mas o que vemos praticar em todos os reinos do mundo é tanto pelo contrário que, em vez de os reis levarem consigo os ladrões ao Paraíso, os ladrões são os que levam consigo os reis ao inferno. E se isto é assim, como logo mostrarei com evidência, ninguém me pode estranhar a clareza ou publicidade com que falo e falarei, em matéria que envolve tão soberanos respeitos, antes admirar o silêncio, e condenar a desatenção com que os pregadores dissimulam uma tão necessária doutrina, sendo a que devera ser mais ouvida e declamada nos púlpitos. Seja, pois, novo hoje o assunto, que devera ser muito antigo e mui freqüente, o qual eu prosseguirei tanto com maior esperança de produzir algum fruto, quanto vejo enobrecido o auditório presente com a autoridade de tantos ministros de todos os maiores tribunais, sobre cujo conselho e consciência se costumam descarregar as dos reis.»

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CARTA A PINHO CARDÃO

Carta a Pinho Cardão

Considerando o tempo de Cavaco um dos melhores da democracia, dou de barato que não o tenha sido para muitos, como dou de barato que o aumento da carga de impostos e desproporcionado de salários desequilibrou a distribuição de riqueza, dando vigor aos não transaccionáveis e a uma economia baseada no impedimento e na regulação de interesses. Terá começado em Cavaco o descalabrado das finaças públicas? Talvez, o futuro e a análise no futuro o dirá!

De qualquer modo a falta de vigor e ardor permitiu a miséria dos últimos anos, com os Portugueses com ethos mínimo a "vomitarem" pelos olhos o estado moral e ético da nação, que leva ao empobrecimento de todos os dias.

Não bastam homens que se agarram à espuma dos dias, é preciso homens cujo objectivo e coragem os definam como estadistas. Cavaco está velho e gasto! Já não é uma reserva da nação, porque Portugal já há muito entrou na reserva. A sua gestão de silêncios, o seu horror ao contacto com o homem da rua (gaffe também de Alegre: «que horror esse homem que nos sustenta a impostos!»), a necessidade da sociedade civil se impor, fazem-me votar em Nobre. 
Não sendo político, não sendo mesmo um homem da palavra, tem a virtude de ser um homem de palavra  e de humanidade, a quem não enoja o braço dado com o homem da rua, afinal fim Nobre e último da política. Muita desta geração dita elitária precisa. encontrar-se com o Portugal da palavra e da humanidade! 
 
Entretanto 40.000 negócios que sustentavam outras tantas dezenas de milhar de famílias desapareceram no actual ano, vergadas por novos códigos contributivos, por aumentos de preços dos transaccionáveis, por novas taxas da administração fiscal,... aconselho todos os presentes e colegas economistas e gestores, a relerem Economia da Empresa de Mata, e a relembrarem os mecanismos da perda de valor e bem estar para os consumidores, em detrimento das grandes empresas monopolistas da nossa praça - de mão dada com os seus simbióticos tutores: os políticos sapos que querem ser bois! 

O GOVERNO DOS BURROS, ANTINACIONAL E CRIMINOSO

«Menos 40 mil negócios por conta própria em 12 meses»
Na greve geral de 24 de Novembro, os sindicatos notaram a adesão de micro-empresários ao protesto. A crise tem dificultado o negócio e está a diminuir o número dos que sobrevivem»
Não é só a crise que mata os pequenos negócios. É a continuação de medidas erradas de um governo que funciona a acção-reacção mas sem ouvir os intervenientes nos processos.  
O código contributivo vem aí e as alterações contínuas na política fiscal, os aumentos em ambiente de crise da EDP, da invenção de novas taxas como as que a CML prepara, que não dão o mínimo de segurança e garantia a putativos investidores!
Para que serve um governo de mentirosos, medíocres,  arrogantes e burros?Não há ninguém inteligente no Largo do Rato? 
Metam o José Maria Carrilho ou o José Seguro para dar esperança a Portugal!
É que o problema não é ideológico é de ethos (carácter)  e pessoas!

domingo, 19 de dezembro de 2010

O MARQUES DA SEGURANÇA SOCIAL


Este homem, Pedro Marques de seu nome, secretário de Estado da Segurança Social, é mais um da comissão liquidatária de Portugal e um dito socialista.
O caso abaixo revolta e faz-nos perguntar quem são estes desumanos medíocres que Sócrates desencantou?

«Caso Pessoal , Republica das Bananas | 19/12/10 14:58
Eu trabalho 7 meses por ano (não consigo contratos superiores a isso aqui no Algarve). Normalmente teria direito a subsídio social de desemprego (por isso os meus descontos), este ano recorri novamente ao subsídio social de desemprego, não me foi concedido porque, pasme-se, dividindo os meus ganhos anuais por 12 meses tinha um rendimento superior a 333 euros por mês(80% do indexante de apoios, 419€). Quanto ao aviso, foi propositadamente posto na caixa do correio no 10º dia (o último em que podia recorrer) e já depois das 16 horas, a essa hora fui passear o cão e não havia lá nada, quando voltei vi a pequena porta levantada, e depois verifiquei que tinha acabado de ser notificado numa altura em que já não podia reclamar, o envelope é proprio da Segurança Social, o selo é estampado e por isso não existe data, só existe data no aviso interior, e essa é de 10 dias antes, é um grande truque para que as pessoas não possam reclamar, só é possível reclamar pela via judicial, mas se a pessoa está com dificuldades financeiras não se vai meter com um tribunal, onde ainda lhe podem comer o pouco que lhe resta. Tenho pouco mais de 1000€ no banco, ...entre crédito do apartamento T1, seguros, alimentação, luz, água, e pensão de alimentos de 2 filhos, tenho uma despesa fixa mensal de cerca de 800€, há 2 anos tive uma trombose e embolia pulmonar, ...agora que não tenho qualquer rendimento, a 1ª medida foi cortar a pensão de alimentos, outras se seguirão, ...nunca roubei nada a ninguém, mas se for necessário para sobreviver, não terei outra alternativa. A todos os que criticam de barriga cheia, que tenham em dobro aquilo que desejam para os outros!!!»

O MUNDO COMO HOJE SE APRESENTA: VENTOS DE MUDANÇA PRECISAM-SE!

«...the view is that the banks are to be regulated, and my view is that Washington and the regulators are there to serve the banks.

«...the view is that the banks are to be regulated, and my view is that Sócrates e os reguladores are there to serve the banks.
E se de repente o mundo concluí-se que novas formas de democracia são necessárias, antes de muitos desenterrarem Marx e Lenine, trazendo ao presente nacionalizações sem direito a indemnizações?

É curioso que a história do capitalismo de concentração parece aproveitar sempre gerações ainda ignorantes do passado!

FACEBOOK:CÓDIGO DE ALMAS, CÓDIGO DE PRIVACIDADE?

O sessenta minutos, como sempre, trás assuntos de grande actualidade que não deviam ser escondidos do grande público a horas menos nobres.
A importância da entrevista com o putativo criador do facebook, para os gêmeos, ladrão de ideias, para outros um gêmeo sem alma, demonstra como uma boa ideia pode rapidamente florescer, mas demonstra também o perigo da violação da privacidade na internet

FERNANDO, NOBRE, MAS PLEBEU

Nobre tornou-se o meu candidato.
Porquê? Porque é tempo da sociedade civil arredar os acomodados, os responsáveis que apontam aos outros as responsabilidades, é tempo de rasgar "o sistema".
"  O sistema " que faz com que Portugal seja uma ditadura de partidos com uma democracia ao meio cercada.

MANUEL TRETAS

Manuel Alegre é talvez o candidato mais misterioso que se perfila.
Alguém já percebeu se a postura deste monarca-poeta se diferencia verdadeiramente dos responsáveis por quinze anos de estagnação?

É que mais do que palavras, precisamos é de acção!

NOBRE E A SOCIEDADE CIVIL

«O candidato à presidência da República Fernando Nobre defendeu, este sábado, a redução do número de deputados para 100, a criação de dois «portais da transparência», micro crédito para os jovens e um «conselho de Estado informal da juventude».

Num país que não fosse banana "os sacanas" nunca governariam.
Como diz Manuel Maria Carrilho a política de mão estendida pelo mundo fora não só não beneficia Portugal, mas apenas a sobrevivência de Sócrates, como parece um "banner flash" à sua imensa hipocrisia.
Uma hipocrisia reactiva que só é possível num país de muitos iletrados e do mesmo número de corruptos e indolentes.

sábado, 18 de dezembro de 2010

MÁS PRÁTICAS

É verdade e um conselho para os mais jovens que a idade é uma espécie de posto que deve ser respeitado, quando o respeito é biunívoco.
Um dos aspectos mais dramáticos do Portugal de hoje é a falta de competência, de pedagogia, de avaliação, a indiferença, o sectarismo, a inveja, o comodismo, a intolerância, a mesquinhez, o cultivo da mediocridade, o respeito pelo esforço e pelo trabalho dos outros, a falta de valores e de pundonor, a falta de bons exemplos e de verdadeiras boas práticas.
Se é verdade que a idade é uma espécie de posto que deve ser respeitado o exemplo dos mais velhos é o "outro lado do posto".

Uma sociedade como a nossa que "liberta" e inactiva mais de 300.000 jovens, bem como considera os escalões de idade a partir dos 40 anos como velhos para o emprego e a actividade, é uma sociedade doente, com pouco futuro e que não se respeita a si própria. Os mais de 700.000 Portugueses que emigraram na última década são exemplo de um Portugal cujo fado é directamente proporcional à mediocridade e ao cultivo da mesquinhez dos pequenos poderes, uma sociedade bipolar e autoflagelada que não se respeita a si própria.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

GESTÃO SUBMARÍNICA


«Em Novembro, o Ministério da Defesa disse ao DN que "  os dois submarinos serão pagos pelo Estado [com recurso às verbas do Fundo de Pensões da PT] após recepção provisória do segundo", que chega a 22 de Dezembro.»
Reformas por Material de Guerra!

"Às armas, às armas! 
Contra os canhões marchar, marchar!"
«A Portuguesa»

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JACQUES ATTALI

«O problema da indústria portuguesa é que continua associada à ideia de "barato e de qualidade média". Portugal tem de desenvolver vantagens comparativas para impor os seus produtos à escala global. Jacques Atalli»
 É curioso como a informação veiculada do exterior está muitas vezes desfasada no tempo. 
Onde já vai o barato e de qualidade média!

CARRILHO E A VERDADEIRA FACE DA CRISE: A FALTA DE SOLIDARIEDADE EUROPEIA

«O socialista alerta ainda que "com modelos, ritmos e objectivos económicos divergentes, a UE continuará sem estratégia para enfrentar a crise, bloqueada pelo endividamento, incapaz de crescimento e cada vez mais depressiva - isto é, cada vez mais presa fácil da especulação dos mercados". E acrescenta que "só a solidariedade dará ao euro a consistência que lhe tem dramaticamente faltado"»
Que diferença entre o socialista Carrilho e o pseudo socialista Sócrates.
A distância de oportunidades mal consolidadas!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A PRIVACIDADE NA INTERNET


Liberdade, limites da privacidade, correntes doutrinárias e um esboço do próximo futuro
Para Lambridinis a Internet é um instrumento fantástico na promoção dos direitos humanos, mas que “pode conduzir simultaneamente à sua supressão”[1]. Alguns aspectos elencou como próximo futuro da privacidade na internet: os limites do consentimento - informado não ambíguo - da utilização dos dados do utilizador; a eficácia do direito à eliminação dos dados pessoais; os problemas da partilha e nas redes sociais; a transposição da legislação e valores vigentes no mundo real, e a criação de uma Carta dos Direitos para a Internet; os limites da segurança no combate ao ilícito, como forma de salvaguarda do direito de acesso à informação em ambiente de não “esquizofrenia securitária”; a regulamentação das liberdades no acesso.  
            A leitura de (Rigold Vidali, 2010)[2], dá-nos uma visão clara dos problemas ligados à Privacidade, Direito de última geração, e seu direito na Internet. A colecta compulsória, ou mesmo de livre vontade, o processamento e a disseminação de informações de carácter pessoal, violam o direito à privacidade - cookies e spywares “oportunistas da rede” incluídos. O fluxo livre de informações aparelha com a sua tutela e as 4 doutrinas: a auto-regulação, a criação do direito do ciberespaço, a aplicação analógica com os institutos jurídicos tradicionais e a regulação mista. Tudo isto demonstrado no dualismo do propalado autocontrole dos nossos dados pessoais, com o descontrole anárquico verificado. Justificado umas vezes pelo manuseamento de dados pessoais em nome da segurança colectiva, outras pela comodidade da troca, outras pela eficiência dos serviços (simplex) públicos, do marketing corporativo e da análise de tendências. A eficiência do mundo virtual abre caminho à compressão do espaço - tempo e à agressão da privacidade montada na interoperabilidade da rede transuniversal dos nossos tempos. Alguns exemplos de mecanismos arquitectónicos já utilizados virtualmente: auto - monitorização de navegação/correspondência de funcionários por meio da arquitectura de sistemas empresariais; redes sociais online permitindo aos utilizadores optar por níveis de privacidade; informações armazenadas em directórios restritos de site, acessados apenas por nome de utilizador e senha previamente fornecida por titular; registo automático de IP, data e horário da conexão utilizada; protocolos específicos, como o P3P. Assim a evolução de uma arquitectura vulnerável na ofensa à privacidade do indivíduo, para uma segura, participativa e de controlo. Em suma, o futuro passa pela reestruturação arquitectónica com mecanismos tecnológicos estabelecidos pelo Direito, controlando o fluxo informativo conduzido pelos canais de rede.

A Privacidade no Mundo paralelo
            As leis sociais de protecção de privacidade do mundo físico ainda são estranhas a uma Internet profusamente desregulada. Esta notícia, “Governo Americano sugere “privacidade por defeito”, com criação de “listas de permissão” de recolha de informações sobre hábitos de navegação e compras, por parte das empresas e serviços responsáveis pelos sites, demonstra a percepção urgente da regulação. Em Portugal a protecção da privacidade das pessoas, vive paredes meias com as normas jurídicas elencadas em (Carrera, 2009, p. 34). O não rastreamento - por defeito - trás à tona societária uma nova pegada a preservar/somar à ecológica e à da pobreza: a “informática”. Dados sobre visitas, pesquisas, compras, estariam assim dependentes de autorização expressa. A auto-regulação cibernética instituída “morre na praia” do direito à privacidade. A leitura do Marketing Digital versão 2.0 de (Carrera, 2009), é bem curiosa no postulado da mudança de paradigma do “informação já não é poder” e do titulado a páginas 146, “O que está a dar é cuscar”. O próprio marketing parece situar-se nesta tecnologia através de denominações terríveis, como o marketing de guerrilha e o viral. Estes autores (Morais & Silva) chamam a atenção para o facto da monitoragem dos nossos actos, na internet, sempre ter ocorrido. Mas a instituição antiprivacidade que mais temem é a variação do gugol que dá pelo nome de Google. Escrevem: “…o Google descobre os segredos que temos, com quem nos correspondemos, que sites visitamos (e que frequentamos), do que gostamos, o que gastamos” (Morais & Silva). “Pede para abrirmos mão de nossa privacidade, de nossas informações… O mesmo ocorre em seu tentáculo representado pelo YouTube”.
A administração pública está também, agora, enclausurada e digitalizada. O espaço de liberdade dos primórdios da Internet tem assim os dias contados, sendo o espaço de privacidade do espaço físico público replicado aqui com “agentes cibernéticos”, verdadeiros controladores de trânsito, criadores de assepsias – de prostíbulos e pedófilos virtuais - agentes e juízes de penas do virtual ao real. Os spiders de que fala (Carrera, 2009, p. 122) e os motores de busca, não estarão mais sozinhos nas análises de perfil de tráfego e nas métricas. A falta de privacidade na Net tem também um efeito de abandono do mundo virtual. As ameaças constantes protagonizadas por vírus e spams (nos downloads, correio electrónico, novas redes sociais) dão ao utilizador uma sensação de insegurança e de violação constante da sua Privacidade numa espécie de jogo de azar. A devassa é protagonizada por todos: indivíduos, organizações individuais, Estados. Júnior Ataíde[3] fala do Orkut “terra sem lei” dos perfis falsos, do Twitter dos personagens de reality show e do chamado “suicídio virtual”. A alternativa quando “não dá mais” para suportar a falta de privacidade está na “Suicide Machine”: “O site foi criado para quem quer dar fim a grande parte dos perfis de redes sociais… Todos deveriam ter o direito de se desconectarem. A conectividade e a rica experiência social oferecida pela Web 2.0 parece ser a maior antítese da liberdade humana", defendem os criadores do site.” (Jr., 2010).
E já nem falo noutras “privacidades” mais perigosas e venais como o netbanking, tendo eu próprio assumido uma valorimetria tipo FIFO: fui dos primeiros a entrar mas, também, dos primeiros a sair! Privacidade, dixit! 

Bibliografia

Albertani, L. J., Laber, E., & Pereira, P. (s.d.). Internet e Proteção Legal à Privacidade. Obtido em 30 de 11 de 2010, de http://www.redebrasil.inf.br/0artigos/internet.html
Bits, C. d. (02 de 12 de 2010). Governo Americano sugere "privacidade por defeito". Obtido em 07 de 12 de 2010, de Sapo. pt: http://tek.sapo.pt/noticias/internet/governo_americano_sugere_privacidade_por_defe_1110399.html
Carrera, F. (2009). Marketing Digital na Versão 2.0. Sílabo.
Europeu, P. (06 de 03 de 2009). Privacidade e segurança na Internet. Obtido em 30 de 11 de 2010, de http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+IM-PRESS+20090302STO50556+0+DOC+XML+V0//PT
Garrido, D. (s.d.). A privacidade na Internet. Obtido em 30 de 11 de 2010, de http://www.alunos.dcc.fc.up.pt/~c0116027/internet_privacy.html
Jr., A. A. (20 de 04 de 2010). Privacidade na net está cada vez mais difícil. Obtido em 07 de 12 de 2010, de Correio Braziliensi: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2010/04/20/interna_tecnologia,187353/index.shtml
Morais, A., & Silva, N. A privacidade na Internet. Edipro.
Neto, A. M. (31 de 08 de 2009). Google invade privacidade e afronta Constituição. Obtido em 07 de 12 de 2010, de Consultor Jurídico: http://www.conjur.com.br/2009-ago-31/google-invade-privacidade-afronta-constituicao-leis-brasileiras#autores
Rigold Vidali, G. (08 de 2010). Regulação do direito à privacidade na Internet. Obtido em 07 de 12 de 2010, de Jus Navigandi: http://jus.uol.com.br/revista/texto/17798/regulacao-do-direito-a-privacidade-na-internet-o-papel-da-arquitetura



[1] Europeu, P. (06 de 03 de 2009). Privacidade e segurança na Internet. Obtido em 30 de 11 de 2010, de http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+IM-PRESS+20090302STO50556+0+DOC+XML+V0//PT
[2] Rigold Vidali, G. (08 de 2010). Regulação do direito à privacidade na Internet. Obtido em 07 de 12 de 2010, de Jus Navigandi: http://jus.uol.com.br/revista/texto/17798/regulacao-do-direito-a-privacidade-na-internet-o-papel-da-arquitetura
[3] Jr., A. A. (20 de 04 de 2010). Privacidade na net está cada vez mais difícil. Obtido em 07 de 12 de 2010, de Correio Braziliensi: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2010/04/20/interna_tecnologia,187353/index.shtml

THE EUROPEAN FACE OF SOLIDARITY: THE IMPLOSION OF EU


To Ângela it's good to have full acess to the others European markets, distroing their economies.  It´s good to have full acess to all regions of Europe. The same way soveranetis solidarize with regions, the same way EU needs the solidarity inscript in treaties.
The notion of solidarity it's not in the dictionary of the chancelor. Today, like tomorrow, selfish and intolerant Germans are preparing the destruction of EU.
For Portugal there's another alternatives of being slave, there's Brasil, África and North-America.
Shame of you Madame Merkel!

THE DANGER CORINGA

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

QUANTO MAIS RICO SE É MAIS EGOÍSTA SE TORNA

Pobres são mais solidários que os ricos

Estudo internacional diz que os consumidores dos países desenvolvidos são mais solidários, apesar de terem níveis de rendimentos mais baixos

UM PAÍS DE BANANAS GOVERNADO POR SACANAS

«UM PAÍS DE BANANAS, GOVERNADO POR SACANAS", D. Carlos, Rei de Portugal»

É verdade que a frase de D.Carlos, rex de Portugal, proferida há mais de um século, é totalmente actual nos tempos de hoje. Os sacanas têm nome, o Zé povo também.
O problema é que os sacanas são Zé Povo também, fingindo que foram promovidos a Lordes Republicanos.
Não sei porquê lembrei-me de Lacão, Assis, Almeida Santos, Sócrates, Santos Silva e isto só para nomear alguns da bancada actual do poder. É que há outros cínicos, também, de outros partidos e até nas mais altas instâncias deste emaranhado a que se chama povo Português.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PORTUGUESE LEAKS

> Afinal não somos pobres...somos estúpidos!!!

No coments!
Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses, somos pobres...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm "impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e no gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc., que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado.
E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 Euros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses, ou são uns estúpidos ou uns mansos.

Leitor»


Vindo do amigo Severino do Pau para Toda a Obra parabéns pelos seus três anos com um obrigado, à maneira de Saramago  

TROUXAS ESTÃO PAGANDO O IMPOSTO DE RENDA, POVO ESTÚPIDO QUE NÃO REAJE, DESTITUIR OS IMORAIS, ORGIA... ATÉ QUANDO ISTO VAI ACONTECER...SAFADOS!

domingo, 12 de dezembro de 2010

MUITA GENTE EM PORTUGAL CONVIVE BEM COM AS DESIGUALDADES SOCIAIS: É A CONDIÇÃO DE FOME UM ELEMENTO DELA?

«Segundo o primeiro-ministro, "há para aí muita gente em Portugal que convive muito bem com as desigualdades sociais".
"E sei que há muita gente que convive muito bem com o facto de umas pessoas terem aprendido e outras não terem e com a ideia de que isto é assim mesmo e que algumas pessoas que não tiveram oportunidade de estudar devem estar condenadas a nunca ter qualificação", condenou.
Garantindo não sendo uma dessas pessoas, Sócrates acredita que "todos devem ter oportunidades", manifestando a sua "aspiração como político" de deixar um país com mais oportunidades para os cidadãos portugueses.» 
Não é fácil encontrar uma matéria em que Sócrates tenha razão. Mas ele sobre esta matéria tem razão.
É pena é que a sua desgovernação esteja a atirar o ensino para segunda prioridade, sendo a actual primeira matar a fome a centenas senão milhões de Portugueses.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CRIMINOSOS LEGALIZADOS

«Dívida pública: Brasil pode ajudar Portugal
Ministro das Finanças está no Brasil para tentar conquistar interessados nos títulos da dívida da República»
Depois de destruir a economia Portuguesa o vendilhão Teixeira tenta vender ao desbarato Portugal.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AINDA HÁ INTELIGÊNCIA PARA ALÉM DE MERKEL

"Penso que o senhor Juncker está totalmente certo - precisamos das ‘Eurobonds', para que os países da região possam emitir dívida conjunta num único instrumento financeiro", defendeu Peter Bofinger, um dos cinco conselheiros do Governo alemão para os assuntos económicos.
Deste modo, sublinha o responsável, ""  não haveria distinção entre [países] fortes e fracos, e podia-se evitar que os mercados nos colocassem uns contra os outros".

DANIEL E O DÉFICE QUE NÃO É DÉFICE MAS ZERO

Daniel Bessa: «Mercados só se convencem com défice zero»

MIGUEL SOUSA TAVARES E OS JORNALISTAS AO SERVIÇO DO PODER INCÍVICO DOS ESTADOS

««Mais importante do que a suposta ilegalidade dos métodos da Wikileaks é o conteúdos da informação revelada. A função dos jornalistas não é, ao contrário do que defende a direcção editorial deste diário, manter os vícios privados para garantir as públicas virtudes, mas revelar factos de interesse público. Da informação dada a conhecer pela Wikileaks, muitos factos revelam actuações criminosas de estados.»
MST apagava o Wikileaks da face da terra.
Ao contrário deste veterano senhor que sabe tudo e nunca se engana (versão que condena nos outros), a Wikileaks é prova de superioridade cívica e um novo paradigma. A hipocrisia arrumada na praça pública, a transparência e o combate a todos os tipos de tráficos.

Se informações secretas condenavam o narco tráfego em Moçambique e colocavam figuras públicas no cepo, porque raio de hipocrisia política não vinha  a público, sendo que em defesa das virtudes cívicas e da democracia.
Hipócritas e muito amigos do poder, do cinismo e da hipocrisia esta classe de jornalistas que até aplaudem por testosterona as Balzaquianas rainhas da noite - que até cospem nas fontes.

BOM SENSO

«Ana Jorge salientou durante a sessão comemorativa do 56. aniversário do Hospital de Santa Maria, em Lisboa que "defender a sustentabilidade de todo o sistema público de saúde não é sinónimo de querer negar ou cortar cuidados a quem precisa".»

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BANCO CENTRAL EUROPEU DEVIA EMPRESTAR DINHEIRO AOS ESTADOS À MESMA TAXA DE 1 POR CENTO

«Para Jerónimo de Sousa, «o Banco Central Europeu devia emprestar dinheiro aos Estados à mesma taxa de 1 por cento que empresta aos megabancos alemães e franceses».

Como aqui não vigora a lealdade cega, que não a consciência e a humanidade, subscreve-se e aplaude-se a declaração de Jerónimo.

Infelizmente na política de quintas e de camisolas, que não de ideias, ou se é por mim ou contra mim, o que descredibiliza a noção cívica e digna da (verdadeira) política.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A CULTURA DA FALTA DE LIBERDADE

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos considerou ainda ser «desproporcionada» a multa de 75 mil euros imposta ao diário, uma vez que estas quantidades levam a «dissuadir os jornalistas para contribuir para a discussão pública».

A MICROSOFT, O CONCEITO DE OPORTUNIDADE E DE ÉTICA SOCIAL EMPRESARIAL

No dia em que se discute em sede de AR a utilização pelo Estado de software sem custos para o orçamento 
O Estado tem perdido todos os anos dezenas de milhões de euros com a utilização de software de proprietário (de uma só empresa) e não Open Source (normas abertas), uma situação que vai ser discutida na quinta-feira no Parlamento.
 a Microsoft lança isto:
«Tecnologia: Microsoft investe mais 3 ME em Portugal no apoio a pequenas e médias empresas»

POBREZA INDUZIDA

«Se antigamente as pessoas tinham a percepção de que os grupos mais vulneráveis à pobreza seriam as pessoas portadoras de deficiência, minorias étnicas e doentes crónicos, hoje em dia têm a percepção de que quem realmente está mais vulnerável são os jovens à procura do primeiro emprego, os empregados com salário baixo e trabalhadores em situação de precariedade», constatou.
«O que é mais grave é a percepção relativamente à possibilidade das pessoas pobres saírem da pobreza. Os portugueses inquiridos afirmam que 77 por cento das pessoas têm poucas ou nenhumas possibilidades de saírem da pobreza», revelou Ana Monteiro.
Os inquiridos neste estudo, sobre a percepção da pobreza em Portugal, revelaram que a pobreza não é uma fatalidade mas uma consequência directa da acção do Governo.
«Quando se perguntou de quem era a responsabilidade, mas também a capacidade para resolver estes problemas sociais, os portugueses inquiridos consideram que recai sobre o Governo», declarou Ana Monteiro.
A pobreza é um ciclo vicioso, do qual é difícil sair, por isso, são necessárias medidas activas de combate por parte do Governo.»
Que ninguém tenha dúvidas que a pobreza em Portugal, é uma pobreza induzida! Por quem?

A FARSA A 27

Como o objectivo de muitos governantes é o elogio em causa própria e a gestão da vidinha, os ministros das finanças dos 27 elogiaram a consolidação orçamental portuguesa que lhe foi vendida.
Soubessem eles que esta farsa é feita à custa da destruição do restante tecido social Português, da pobreza mais rasteira no século XXI, do crescimento da emigração e da manutenção das estruturas clientelares e não se ririam.
Em Março cá os esperaremos, fazendo votos que muitos destes governantes Portugueses sejam na altura criminalizados pelo mal que têm andado a fazer a Portugal!  

APELO À "REVOLUÇÃO" PACÍFICA DAS CONSCIÊNCIAS E DOS COSTUMES

O Pró e Contras de ontem demonstrou como ficará na história de Portugal que a passividade dos Portugueses levou a mais um período negro da história de Portugal, com a conivência dos do costume: as clientelas e as elites partidárias!
Quando vemos ex-técnicos de informática a viver na rua, percebemos que o enriquecimento gratuito de uns poucos está novamente a levar à destruição do colectivo Português.
Só um verdadeiro Estadista desprendido, ou uma tomada de consciência profunda dos Portugueses, que é necessário uma reforma profunda que leve a uma verdadeira democracia, alterará o caminho do fado Português: o empobrecimento!
Quintus chama novamente Antero de Quental à colação: 
Antero de Quental: “A verdadeira força é outra. não é com canhões que havemos de afirmar a nossa vitalidade nacional, mas com perseverantes esforços da inteligência e da vontade, com trabalho, estudo e rectidão”

A ENERGIA DO SÓCRATES

Todos os dias Sócrates agarra-se às eólicas como o melhor dos mundos.
Todos os meses vemos a EDP com lucros fabulosos, muitos a sairem do país via distribuição de dividendos.
Todos os anos vemos o país a ser cilindrado por preços cada vez mais exorbitantes da electricidade.
Nuclear, não, obrigado!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A FISCALIDADE COMO FORMA DE EMPOBRECIMENTO

Este é um dos maiores problemas da pobreza Portuguesa, mas ninguém é suficientemente arguto ou sério para querer mudar.

Como os pescadores que se suicidam colocando ao alcance das ondas em dia de tempestade, a insuficiente inteligência dos nossos ministros e políticos levaram-nos a isto.

Depois tentam a todo o custo encontrar argumentos para as burradas que cometem.

Mas é tarde, pois vêem a riqueza a ser criada noutros quadrantes.

A EXCEPCIONAL ACUMULAÇÃO DE INIQUIDADES DO PARTIDO NO PODER

Ouvirmos que altos funcionários do Estado poderão manter um regime de excepcionalidade na manutenção da acumulação dá-nos uma volta ao estômago e reforça que temos actualmente criminosos no poder.

Portugal não é hoje uma democracia onde se cumpra o nº 1 do artigo 13 da Constituição, igualdade perante a lei, sendo que serão patriotas todos aqueles que assumirem o artigo 21, direito de resistência: todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias. 

A liberdade e a igualdade morre hoje nas mãos da click de criminosos no poder.

sábado, 4 de dezembro de 2010

RIR É O MELHOR REMÉDIO

«Mas quero assegurar que este plano tecnológico para a educação que fizemos nos últimos cinco anos melhorou a aprendizagem, aumentou o nível de satisfação dos alunos na sala de aula, mudou a relação entre aluno e professor, mudou a gestão da escola e contribuiu para um significativo aumento da informatização na nossa sociedade. Muitos computadores entraram pela primeira vez em casa de cidadãos vindos das crianças", salientou o primeiro-ministro»

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ARRASTADO SILVA

Cavaco: "Escrevi com sete anos de antecedência o que está a acontecer hoje em Portugal"

O problema não foi Cavaco ter escrito com sete anos de antecedência o que está a acontecer em Portugal. 

Há sete anos também a minha pequena filha e os filhos dos meus amigos, e os amigos dos meus amigos... Portugal inteiro (com excepção dos senhores da política) já discorria sobre o que ia acontecer.

O problema foi já ninguém o ter ouvido. É que Cavaco há muito que já só é um peso para o orçamento de Estado, um  elemento decorativo passado, orgulho apenas da presidência da sua Maria, arrastando-se penosamente como quem mal deglute um pedaço de mau bolo - rei.

Será que Cavaco tem noção da figura de cavaleiro triste que faz? Reforme-se Aníbal Cavaco Silva, não estrague por ambição política a imagem ainda positiva que carrega!

MAGALHÃES E PINTO MINI INFORMÁTICA SOCIEDADE ANÓNIMA DE CAPITAIS ILIMITADOS

Sócrates tem veia de vendedor.  Seja de ilusões, seja de computadores, Sócrates era o vendedor ambulante do passado perfeito.
A sua fixação no Magalhães, como se Portugal se resumisse a Magalhães, é que só se compreende se com o seu amigo José Magalhães não tiver montado um negócio fenomenal, e afinal  o verdadeiro dono da J.P Sá Couto se esconda por detrás da pasta medicinal, dando pelo nome de Magalhães e Pinto, sociedade anónima de capitais ilimitados!

LIÇÃO DE PRIORIDADES

As autonomias dizem que vão apoiar os seus trabalhadores em vez de obras faraónicas e outras postergadas por um verdadeiro estado de necessidade.

Será que o continente não fica com as orelhas quentes?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ASSIS, O BRAÇO NO AR E OS ESPASMOS DE MÁ CONSCIÊNCIA

Más notícias, também, para Portugal e para a sua economia.
Nada corre bem com o PS no poder.
Nem mundial 2018, nem democracia a funcionar.
Francisco Assis e a actual direcção socialista deviam ser julgados no próximo futuro e condenados criminalmente por tomarem decisões contínuas contra Portugal, ao obrigarem os deputados de braço no ar a votarem contra a antecipação das mais valias mobiliárias a favor dos grupos económicos que lhes darão guarida, quando forem apeados do poder. 
No próximo ano esse dinheiro já terá voado para paraísos fiscais enquanto a economia Portuguesa se afunda por medidas fiscais que matarão as poucas empresas restantes. Solidariedade com os desempregados e os pobres não há!
Bem demonstram os espasmos de Assis, o filósofo, a má consciência de quem se quer manter à tona a todo o custo. 
Criminosos, estes socialistas anti-patriotas e anti-nacionais!

MUNDIAL DE FUTEBOL IBERO AMERICANO

Más notícias para Portugal e para o Iberismo no futebol.
Não seria altura do mundo Ibero-Americano organizar o seu próprio mundial contrariando um organismo que se rege por estritos critérios pouco desportivos e pouco claros?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

À ATENÇÃO DE PEDRO PASSOS COELHO: A MORTE DO DOENTE!


«Consumo das famílias sofre maior queda em 30 anos
A Comissão Europeia prevê uma descida de 2,8% no consumo privado português em 2011. Um valor recorde.
No próximo ano, o consumo das famílias vai cair a pique. De acordo com as previsões da Comissão Europeia, o corte deverá ser o maior desde 1981. As causas são bem conhecidas: pacotes de medidas de austeridade uns atrás dos outros e o desemprego a subir. Segundo Bruxelas, será preciso esperar pelo final de 2012 para ver alguma melhoria no mercado de trabalho.
O consumo privado deverá cair 2,8% - um valor bem mais negativo do que a quebra de 0,5% esperada pelo Executivo. Até agora, o consumo das famílias só caiu em anos de recessão e nunca com uma dimensão tão elevada como aquela que é antecipada pela Comissão. Em 2009 contraiu 1%, em 2003 caiu 0,2% e em 1983 - quando o país pediu ajuda ao FMI - recuou 0,3%.»
«Se estimularem o auto-emprego com medidas" inteligentes" como aumentar em ano de profunda crise, 200 ou 300% as contribuições para a segurança social dos Trabalhadores Independentes, temo que estes números possam vir a ser ainda mais dramáticos. 

O PS só pensa em dinheiro e o PSD pactuou nesta vergonha do Código contributivo nem se sabe bem porquê, visto que contraria todas as suas teorias da competitividade, justiça e incentivo à produtividade. Além de ir contra TUDO o que se faz na Europa Comunitária.»

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AS CARACTERÍSTICAS DAS PROFISSÕES DO CONHECIMENTO


As características das Profissões do Conhecimento
em aproximadamente 5339 palavras

PALAVRAS-CHAVE
(por ordem aleatória)
Profissão do Conhecimento; Trabalho do Conhecimento; Conhecimento Tácito; Conhecimento Codificado; Conhecimento; Autonomia; Não estruturação; Comprometimento; Não Partilha; Extensividade; Pensamento; Autonomia; Actualização; Emergência; Não Rotina, Independência.

1. INTRODUÇÃO: DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE PAULUS À INTRODUÇÃO, TOUT COURT
A dissertação de mestrado de Margarida Ramires Paulos (PAULOS, 2009) enuncia-se em três palavras - chave: vestuário, designers, conhecimento, remetendo-nos não para uma rendição sem glória, de um qualquer general Paulus (cercado na ignorância do conhecimento do inimigo nas estepes geladas), mas para uma trilogia de um sector de confecção bem provido da arma do conhecimento. Para quem pensava que o conhecimento remetia apenas para uma qualquer “cátedra” de um lugar reflexivo e fechado, e que não se misturava com actividades comezinhas e terrenas como a indústria do vestuário, a surpresa parece total. Para quem, como eu, já tinha algumas dúvidas se saberes e conhecimentos são várias coisas, ou uma e a mesma coisa, as dúvidas adensaram-se. Para quem, então, percepcionava o conhecimento como o ordenamento dos bites e dos bytes, ficou confundido quando lhe chegou de mansinho um enorme e forte soundbyte do tipo, “conhecimento não são tecnologias de informação”.
No início da abordagem deste trabalho, sobre as características das profissões do conhecimento é, assim, fundamental definir o objecto, o conhecimento, para percebermos o que são afinal as “profissões do conhecimento”. Parecendo, até, que todas as sociedades humanas se basearam no desenvolvimento e acumulação do conhecimento, em que é que se demarcam essas sociedades da actual denominada sociedade do conhecimento? Que o conhecimento nas sociedades tradicionais parecia guardado a sete chaves, pelos denominados - por Giddens - de “guardiões da verdade”, em torres que faziam “tombar” as sociedades para estruturas profundamente ”piramidais”, desiguais e hierarquizadas, parecia! Com a sociedade moderna, a educação e o conhecimento passam, entretanto, a ser direitos e apanágio das massas, factores de competitividade económica entre agentes e soberanias. As soberanias, até aí com uma forte pendor de conotação e subordinação política, transmudam-se em soberanias económicas, sendo cada um, cada vez mais, um agente soberano económico da sua vida. O aprofundamento tecnológico, até uma certa altura da sociedade humana, muito feito por via acidental do “encontro do martelo e escopro”, passa a ser um objectivo em si, como forma de resolução de problemas e novas possibilidades. O conhecimento passa, assim, de uma certa aleatoriedade acidental, para factor de crescimento económico, indicador de desenvolvimento, qual polegar que carrega no gatilho já com um alvo por finalidade.

2. MICRO – HISTORIAL: DO CUNHAR DO TERMO, AO SÉCULO XXI
Fazer um historial do modo como a sociedade “sentiu” no seu seio a evolução desta nova forma de “produzir”, não foi, nem é fácil. Assim o recurso à condição mais miserável de justificação de condição de recursos obrigou-me a recorrer, na enunciação histórica quase exclusivamente a esta informação (http://en.wikipedia.org/wiki/Knowledge_worker). Informação, no entanto, que condensa bem o percurso da temática e que serve como micro - historial que orienta e me/nos permite condensar aprendendo.
O termo, trabalhadores do conhecimento, parece ter sido cunhado por Peter Drucker em 1959 e referia-se a alguém cuja primeira função era trabalhar com informação ou alguém que desenvolvia e usava conhecimento no mercado de trabalho.
Em 1960, outro senhor, de seu nome Weiss, dando ao conhecimento sentido operativo afirma que, “o conhecimento nasce como um organismo, com a informação a servir como alimento a assimilar, mais do que a armazenar”.
Popper foi “o senhor que se segue”, em 1963: “…há sempre uma crescente necessidade de conhecimento para crescer e progredir continuamente, seja tácita…”, afirmação já não de Popper mas de Polanyi, em 1976, “…ou explicitamente”.
Alvin Toffler, o “senhor da Terceira Vaga”, em 1990, observa: “os típicos trabalhadores do conhecimento, especialmente os cientistas de ID (investigação e desenvolvimento), na era do conhecimento económico, devem ter algum sistema posto à sua disposição para criar, processar e desenvolver o seu próprio conhecimento. Nalguns casos precisam até de saber gerir o conhecimento dos seus auxiliares”.
Ikujiro Nonaka, japonês, professor emérito da Universidade Hitotsubashi, em 1991, concebeu e descreveu a espiral do conhecimento, conhecimento como “o combustível da inovação”, preocupando-se acessoriamente com o facto de muitos gestores não perceberem como o conhecimento pode servir de “alavancagem”. “As empresas são mais como organismos vivos do que máquinas”, argumentava acrescentando: “e muitos vêem o conhecimento como um input estático para a máquina empresarial”. Nonaka advogava uma visão do conhecimento, como renovável e em constante mudança, atribuindo aos trabalhadores do conhecimento o papel de “agentes da mudança”. Acreditava que a criação de empresas de conhecimento deve ser focada fundamentalmente na tarefa da inovação. Savage, em 1995, estabeleceu o foco no conhecimento, como a Terceira vaga do desenvolvimento sócio económico.


A primeira vaga teria sido a Idade da Agricultura, definida como a posse da terra. Na segunda vaga, a Idade Industrial, baseia-se na posse do capital e nas fábricas. Na Idade do Conhecimento, a posse do conhecimento, e a capacidade de usar esse conhecimento para criar ou desenvolver bens e serviços. “A melhoria dos produtos envolve custos, duração, apropriação, tempo de entrega e segurança”, acrescentava.
A afirmação de Ann Andrews, antevia o uso da informação na Idade do Conhecimento, prelúdio de 2% da população a trabalhar a terra, 10% a trabalhar na Indústria, sendo os restantes trabalhadores, trabalhadores do Conhecimento.
Tapscot, no ano 6 do Século XXI, estabelece uma forte ligação entre trabalhadores do conhecimento e inovação, com o ritmo e a interacção cada vez mais avançados. Descreve as ferramentas dos “média sociais”, na Internet, que conduzem a formas cada vez mais poderosas de colaboração. Os trabalhadores do Conhecimento envolvidos em conhecimento ponto a ponto, “peer-to-peer”, partilhando e cruzando-se nas fronteiras das organizações empresariais, formando redes de especialização. Algumas delas estão abertas ao público. Enquanto demonstra preocupação sobre as leis de copyright e de propriedade intelectual, desafiadas no mercado, ele sente que os negócios devem colaborar para sobreviver. Reconhece a aliança entre sector público e privado e a criação de parcerias como forma de resolver problemas, referindo-se ao sistema operativo “open source da Linux”, bem como ao projecto do “Genoma Humano” como exemplos de troca livre de conhecimento com criação de valor.
Devido à rápida expansão global da informação, transacções de base e interacções sendo conduzidas via internet, tem havido um incremento cada vez maior da procura de força de trabalho capaz de proceder a essas actividades. Estima-se que os trabalhadores do Conhecimento podem ultrapassar em número, todos os outros trabalhadores da América do Norte pelo menos numa margem de 4 para 1.
Embora as funções dos trabalhadores do conhecimento se confundam fortemente com profissões que exigem formação universitária, a natureza do trabalho do conhecimento no ambiente do trabalho integrado de hoje, exige praticamente de todos os trabalhadores obter estas competências em qualquer nível. Para esse efeito, a educação pública e os sistemas de comunidades universitárias têm vindo a centrar-se crescentemente na aprendizagem ao longo da vida para assegurar que os estudantes recebam as competências necessárias para serem trabalhadores produtivos do conhecimento no século 21.


3. DA ENUNCIAÇÃO E DO CONCEITO DE PROFISSÃO DO CONHECIMENTO ÀS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DO CONHECIMENTO

“Na economia actual, são os cavalos que puxam a carroça do progresso económico” (Davenport, 2007, p. 14)

É curioso como a citação equídea de (Davenport, 2007), referida aos “novos cavalos vapor” energéticos do mundo em progresso, marca um novo período paradigma revolucionário pós-revolução industrial. É certo que um dos subtítulos de Davenport remete-nos para a importância crescente dos trabalhadores do conhecimento, reforçando a ideia que o trabalho do conhecimento até já existia na idade das trevas feudais, enclausurados os monges em conventos húmidos e propensos já a roubos da inteligência. Como diz, aliás, Davenport nos esconsos do seu livro, “Todos pensamos como forma de vida”. Assim no catálogo histórico da humanidade, transversalmente a todas épocas históricas, os escritores enquanto campeões da miscigenação das ideias, não seriam e/ou serão já fenótipos de trabalhadores do conhecimento? Ou será que a abordagem lúdica ou profissional os “in” ou “ex” cluí?
A ascensão do trabalho do conhecimento não é um fenómeno novo, já que há muito que a automação nas fábricas e quintas rendeu os trabalhadores manuais. O acesso à computação e a informação a todo o tempo, para muitos, já uma nova forma de vida, trouxeram uma nova vaga de trabalhadores capazes não só de produzir informação como trabalhá-la. A sua influência económica na cadeia de criação de valor é directamente proporcional à sua remuneração. O trabalho intensivo “parece que já era”, definitivamente ultrapassado pelo conceito de “Conhecimento Intensivo”. O trabalhador industrial - quase nunca chegando a intervir fisicamente no processo produtivo - já hoje é mais um interface entre a máquina e a produção, a resultante final de uma espécie de recurso input imaterial Industrial. Exemplos como o da Microsoft, na fileira do software, e mesmo a indústria farmacêutica, são hoje empresas onde a profissão do Conhecimento tem um espaço seguro. Produzir minúsculas drageias, quase como “pequenas hóstias”, não compara com o trabalho intangível de investigação de novas “drogas” que curam.
Sobre o conceito de profissão do conhecimento, Margarida Paulus, começa a sua dissertação com uma citação de John James : “Se considera a formação cara, experimente a ignorância”. Eu preferiria ter adoptado a minha própria citação: “Se considera o profissional do conhecimento caro, experimente o profissional sem conhecimento.” Trás Margarida à colação e à liça, pelo menos aparentemente e como hipótese, o conceito do valor - trabalho como forma diferenciadora na classificação do conceito. Marx ia pela certa adorar, mais não seja porque Das Capital abrir-lhe-ia as portas do epíteto de ter sido um dos grandes trabalhadores do conhecimento da contemporaneidade. “Yes We Can!” poderia já Marx citar “rosnando” para o seu proletariado, o “rei”, antecipando-se a uma e depois outra personalidade da história, entre o capitalismo desenfreado do liberalismo e o socialismo científico, nova porta aberta a um socialismo aparentemente não científico porque sem “cocheiro” do conhecimento.
Diz Margarida que “todo o trabalho envolve conhecimento”, distinguindo conhecimento tácito de conhecimento codificado. Codificado que parece ter a ver com o resultado do processo de transformação do tácito em codificado - partilha mais generalizada de um conhecimento ou competência específica partilhada por pequeno grupo. Codificar conhecimento parece, assim, ser de certo modo dar “à luz” e universalizar o rebento. Os procedimentos de rotina conhecem já a existência de conhecimento, sendo entretanto pré-condição necessária para o funcionamento dos sistemas formais, isto citando um senhor de nome McKinlay. Margarida avança um conceito extraído do projecto Works, o que parece muito bem, dado que o “Work” (trabalho) é condição necessária para as profissões do conhecimento: “um profissional do conhecimento é alguém que é qualificado, aprendeu e tem acesso a um corpo de conhecimentos formal, complexo ou abstracto e que manipula símbolos ou ideias”. E que trabalha, acrescentaria eu. Sob pena de não ser um trabalhador do conhecimento, mas apenas um “jactante - presunçoso – petulante”, que devaneia. Passeando-se por mais alguns senhores que debitam definições como Handy, Warhurst, Thompson, Newell, Alvesson e Reich, e porque ao contrário de Margarida este meu trabalho não tem pretensões de tese, foco-me em Reich e na sua afirmação da emergência de três novas categorias de trabalho: os serviços de produção de rotina, os serviços inter-pessoais, e os serviços “simbólico – analíticos”.
No seu capítulo I “Afinal, o que é um trabalhador do conhecimento”, Davenport testa de forma empírica várias hipóteses e enumera várias características que parecem sobressair: “trabalhador de conhecimento gere outros trabalhadores do conhecimento”; “sabemos mais do nosso trabalho que qualquer outra pessoa; “Não gostamos que nos digam o que devemos fazer”; “Responsáveis por impulsionar a inovação e o crescimento na sua organização”; “São eles que inventam novos produtos e serviços concebem os planos de marketing e criam estratégias”.
Esta enumeração empírica de várias regularidades parece já, mesmo que se de uma forma primária e desordenada, dar algumas pistas para o conhecimento de algumas características das profissões do conhecimento. Já lá vemos incorporados, os planificadores e os criativos do Marketing, já lá vemos pela maioria de razão do foro do Direito, os estrategas militares .
Retornando um pouco atrás convêm-me, a bem de algum rigor e da minha sanidade, dado encontrar tanto a designação de trabalhador do conhecimento como profissional do conhecimento recorrer à comparação dos dois termos para perceber, quais as diferenças na utilização, e se o uso indiscriminado tanto de um como do outro termo, não afecta a nossa, minha, clarividência: trabalhador do conhecimento, profissional do conhecimento ou TC e PC “all together? Do mesmo modo que nos ficou esta rábula do quem és, donde vens e para onde vais, também a resposta poderia ser como a de Bocage: “sou o poeta Bocage, venho do café Nicola e vou para o outro mundo se disparas a pistola!” O que é facto, é que vindo não se sabe bem de onde, surge-nos este acrescento de características dos “Do Conhecimento” que, como a Bocage, poderemos fazer distender se pressionada a fácil língua. A centralidade de qualificações intelectuais e simbólicas no desempenho das funções; a auto-organização e uma autoridade por parte da empresa; uma tendência para formas organizacionais “ad hoc” em vez de formas burocráticas; um elevado grau de incerteza e sensibilidade em relação aos problemas e à sua resolução; a solução de problemas complexos com elevado grau de subjectividade e incerteza.
Uma outra definição certinha e sibilina já nos tinha sido proposto: o uso de capacidades intelectuais e analíticas requerendo uma educação teórica formal, e uma experiência empírica com tarefas pouco rotineiras de alguma criatividade.
Pensando o momento, que é o ano 2010, não me parece que “o pouco rotineiro” tenha integral cabimento, já que - como não chamar Trabalhador do Conhecimento aos esforçados investigadores que se debruçam “ad infinitum” sobre o estudo combinatório e recombinatório do Genoma humano? Ficaria muito mais perto se adoptasse a carga Descartiana do “Penso, logo existo” e a transmutasse em “Penso, logo Conheço”.

4. DAS PROFISSÕES DO CONHECIMENTO E DA SUA ENUMERAÇÃO
Antes de tentar encontrar e enumerar algumas características das Profissões do Conhecimento, seria bom tentar “ver” onde esta massa cinzenta em movimento se aloja.
A Gestão, os Negócios, o Domínio Financeiro, a Informática e as Matemáticas, a Arquitectura e a Engenharia, as Ciências da Vida, a Física e as Ciências Sociais, o Direito, as Profissões da Saúde, os Serviços Sociais e Comunitários, a Educação, Formação e Documentação, a Arte, o Design, o Entretenimento e o Lazer, o Desporto. É claro que em algumas destas áreas nem todos serão trabalhadores do Conhecimento, mas é inegável que há em todas elas, em maior ou menor grau, nichos maioritários de pessoas que utilizam o pensamento para “levar a sopa”… à mesa.
Por outro lado a exigência de grau académico, não sendo condição necessária, é cada vez mais um elemento fundamental, pela complexidade crescente da cadeia das “abordagens”. Profissões como a enfermagem, que evoluíram de uma tecnicidade muito mecânica e auxiliar, são hoje claramente chamadas a rotinas graduadas e especializadas, com recurso quantas vezes a equipamentos complexos, informatizados ou não. É indubitável, também, já no presente e no próximo futuro, que o único factor competitivo na economia, e na economia da(s) empresa(s), seja a produtividade do conhecimento, mormente dos seus trabalhadores do conhecimento. Afinal a produtividade nos mercados é sempre um factor relacional, e sem conhecimento só se vislumbra a estagnação.
Falar em profissões do conhecimento é, também claramente, falar em processos e empresas tecnológicas. Do mesmo modo que a agricultura pode ainda usar a charrua nuns ombros feridos e tisnados pelo sol, do mesmo modo a produção biotecnológica e a agricultura de precisão convivem aparente, paradoxal e simultaneamente, no mesmo mundo e em mundos diferentes. A primeira é no entanto, quase “industrial”, a segunda familiar e de sobrevivência. É um facto que se falou há meio século de processos administrativos e operacionais, mas esses processos foram obliterados na sua importância para as organizações do presente com futuro, pelos processos do Conhecimento.

5. DAS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DO CONHECIMENTO
É mais ou menos consensual que os trabalhadores do conhecimento dependem mais dos cérebros do que da força física.
Já vimos que a sua forma de vida é o pensamento, com competências de elevado nível, a formação que só pode ser contínua (se quiserem acompanhar o movimento de rotação da terra ou a desclassificação para Profissionais do Desconhecimento), já que o próximo dia é cada vez mais, diferente do anterior e a experiência elaborada e aglutinada. A sua carga é uma carga intelectual, não física, parecendo levar “no alforge”, uma quantidade enorme de prateleiras arrumadas e repletas de conhecimento operativo. Gestores, actores, pilotos, professores, escritores, autores, actores, jornalistas, designers de moda, de imóveis, de sapatos, de aviões, de automóveis, recorrem ao seu conhecimento intensivo para pôr a trabalhar as reais indústrias de produção intensiva ou extensiva.
Difícil parece ser, cada vez mais, encontrar pessoas claramente não identificadas com os trabalhadores do Conhecimento.
A questão de todos os trabalhos necessitarem, em maior ou em menor grau de algum conhecimento, não releva da necessidade que os trabalhos do conhecimento (e o profissional do Conhecimento por inerência) não usarem o pensamento apenas como uma pequena parte do seu modus produtivo. O grau e a interpretação são, assim, importantes na avaliação classificatória excludente, ou includente, do que é verdadeiramente um Profissional do Conhecimento.
Davenport encontra alguns princípios e características básicas no modus operandi: o gosto pela autonomia (quase autogestão, que não deve ser confundida com a não cooperação). Sendo pagos pela sua formação, experiência e competências é normal, e não surpreendente, que não gostem que alguém se imiscuía no seu território intelectual: que o diga realmente Maria de Lourdes Rodrigues, e em menor razão a actual ministra Alçada, mais dialogante e aparentemente em módulo de “Uma Aventura Pedagógica”. Os trabalhadores do ensino são, que ninguém duvide, verdadeiros e genuínos trabalhadores do Conhecimento. Não gostam porém, ao contrário, que o seu trabalho seja ignorado. Ao contrário dos trabalhadores que encaixam “capôs”, ou produzem sabões, os trabalhadores do conhecimento têm como meios produtivos, ou em terminologia Marxista como “meios de produção”, os seus cérebros e o seu conhecimento. A não estruturação é também outro dos seus elementos. Especificar os passos detalhados, e o fluxo de processos, não parece casar com as variações “impostas” pelos processos cerebrais de elaboração de Conhecimento. Assim, “O comprometimento” e “A Envolvência mental e envolvência emocional requerem-se!”
A valorização do conhecimento, e a não partilha, parecem também características dos trabalhadores do conhecimento. Partilhar o conhecimento de forma leve, não pode “fazer esquecer” que o conhecimento é a sua “arma”. Quem não tem um amigo advogado, que não veja com maus olhos partilhar o conhecimento base da sua sustentação?
Autonomia, não estruturação, comprometimento, não partilha, actualização, emergência (trabalho inerente emergente), não rotineiro, independência, autonomia são, assim, mais alguns atributos ou características comuns aos nossos trabalhadores. Haverá mais? Sim, e um aqui já à mão de semear, simples como uma folha de papel. Pensamento!
Na introdução do livro “como pensar como um trabalhador do conhecimento, um guia to the “mindset needed” para efectuar um trabalho de conhecimento – ou pesquisa competente - uma citação, de serviço, de William P. Sheridan: “How to think like a knowledge worker, Como pensar como um trabalhador do conhecimento”: pensar, envolve a separação da informação relevante da irrelevante. O conhecimento consiste em conceitos que estejam disponíveis como guia de acção e processo de informação. Logo, pensar, requer conhecimento: o conhecimento humano! E o conhecimento humano não exigirá, pensar “forte e feio?”
Os papéis e os benefícios dos Trabalhadores do conhecimento, papéis que contrastam com os processos meramente transaccionais, de rotinas ou de simples prioritização do trabalho: analisar dados para estabelecer relações; capacidade de “tempestade cerebral, brainstorm”; “pensar abrangente e divergentemente”; avaliar através de inputs prioridades complexas ou conflituantes; identificar e perceber “trends, trade-offs”; fazer ligações; perceber causas e efeitos; produzir novas capacidades; criar ou modificar uma estratégia.
As rotinas curiosamente podem, no entanto e também, requerer tecnologia de ponta, de produto ou exigir conhecimento do cliente, pelo que o suporte técnico, ou o suporte técnico ao cliente, inquéritos, … são quase como rotinas “de conhecimento”. Patentes e propriedade intelectual são valor que os trabalhadores do conhecimento trazem também para a empresa.

6. DO FUTURO DO CONHECIMENTO, DOS SEUS DETENTORES E DO “PULO DO GATO” DO AMIGO WIN.
Estava a preparar-me para fechar o trabalho, até para não extravasar do tema, quando encontrei um senhor de seu nome Win, Rodrigues, que me fez debater na cadeira por uma abordagem a um tema primo das características do profissional do Conhecimento.
Tratando-se do futuro do conhecimento, no entanto, não deixa de haver aqui uma ligação intensa às características das profissões e dos profissionais do Conhecimento. De seu nome Win Rodrigues, cristão, autor teatral e escritor, nascido por acaso no Brasil (como todos nós nesta sociedade global somos cada vez mais fisicamente nascidos por acaso, em qualquer lugar), administrador (possivelmente por excesso de ocupação nos tempos vagos) apetecia-me até, por me querer ver também como um trabalhador do Conhecimento com um sofreguidão holística de a tudo pertencer, escarrapachar o conteúdo integral – devidamente “censurado” e extirpado de gorduras - da sua “postada”, intitulada: os Donos do Conhecimento (diferente, muito diferente, dos “Donos da Bola”, rubrica com que outros Trabalhadores do Conhecimento no nosso país nos brindam diariamente, ocupando espaço fundamental do Pensamento Crítico - afinal chamar nomes ao árbitro fim de semana sim, fim de semana talvez, exercita só um aparte ínfima e negligenciável do nosso hemisfério e não nos faz mais mestres do Conhecimento.
Diz Win, com esse estilo, meio cabra, que os Brasileiros “perfumam” e talvez um pouco levado pelo efeito “Lula/Dilma”: “actualmente, o conhecimento parece coisa de indústria mesmo, patenteado … nas mãos apenas de cada profissional que estuda há anos os assuntos de determinada área. Há portanto muito monopólio das profissões para com os seus respectivos conhecimentos, já que elas são o chamado “pulo do gato” que é um factor competitivo diante de pessoas que nada conhecem sobre aquela profissão. Logo, algo puramente capitalista, porque, aliás, a divisão de trabalho, enfatizada pelo pai da economia clássica Adam Smith, foi um dos princípios apontados por Fayol que tornou-se um dos grandes “colaboradores” para a teoria da administração. Trocando em miúdos, o monopólio do conhecimento feito por representantes de cada área é algo puramente adaptado ao meio capitalista. Não há lógica, alguma, em afirmar que apenas os profissionais de uma determinada área devem ter o direito de conhecer aquela área, pois isso é algo articulado dentro do sistema capitalista para fins capitalista. Quase ninguém estuda medicina ou direito por hobby, porque as pessoas estudam para serem profissionais e ganharem dinheiro. Mas, quem estuda medicina ou direito por hobby, sem estar na academia, vai estudar porque gosta, não para ganhar dinheiro. A grande diferença de quem estudou medicina por conta própria para quem estudou na academia será que um está interessado no conhecimento geral da área e o outro nos conhecimentos e técnicas que serão usadas no exercício profissional. Pode soar estranho o teor desse artigo, pois quem fala sobre isso?
A verdade é que é raro, alguém conhecer sobre saúde se não for médico. É raro, alguém conhecer sobre nutrição se não for nutricionista. É raro, alguém conhecer sobre seus direitos se não for advogado ou profissional da área. Ou seja, a divisão de trabalho foi levada ao extremo na sociedade moderna, tão ao extremo que cada pessoa só tem conhecimento daquilo que é a sua área. Elas não têm o conhecimento para a vida, mas sim para a profissão.
O grande problema de uma sociedade pobre é que as pessoas só sabem as suas áreas, e nada mais. Só o historiador entende de história. Só o geógrafo sabe explicar a geografia. Só o médico entende de medicina. Só o economista sabe economia. Só o advogado entende de direito. E assim, vamos fazendo uma sociedade óptima do ponto de vista financeiro e empresarial, mas péssima em cidadania. Não é de agora que observo isso. Quando ainda estava no curso técnico de informática do CEFET percebia como alguns profissionais da área tecnológica deixavam a desejar em outras áreas. Isso não é culpa deles. É o sistema. As pessoas aprendem para a profissão e muito pouco para a vida. É só perguntar a alguém que não tem problema do coração o que é arritmia cardíaca. Pergunte a alguém que não é da área de direito o que diz o artigo 5º. Ou seja, as pessoas só vão aprender certos conhecimentos da área de saúde quando estiverem doentes. Elas só vão conhecer seus direitos quando precisarem deles.
Esses donos do conhecimento acham que só eles podem falar de certos assuntos e que o que eles dizem é a pura verdade. Engano. Pois em qualquer área existe divergência e até na ciência existe mudança.
Eu como administrador gostaria muito que todo mundo entendesse de administração. Porque o conhecimento de administração não serve só para a profissão, mas também para a vida. Todos precisamos entender de estratégia ou como administrar nossas finanças. Todos devem entender de marketing, pois usamos o marketing na vida sempre.
Deve ser estranho para um médico, tão treinado tecnicamente, ter que perder tempo dizendo coisas básicas como: não coma isso, não faça aquilo, pratique exercícios, tome cuidado com isso. Simplesmente porque isso era o que todos já deveriam saber se tivessem um mínimo preparo na área de saúde. Claro que é legal para o médico dar esses conselhos, mas ele poderia estar falando de outras coisas mais complexas e menos acessíveis e de maior teor técnico. Do mesmo jeito é estranho saber que muita gente não conhece seus direitos a não ser quando precisa deles.
Um cidadão completo não é aquele que só sabe de saúde quando vai ao médico, ou só conhece geografia ou história se for formado na área, ou que só escreva bem se for escritor ou professor de português, ou que só conheça seus direitos se for advogado ou juiz, promotor, ou que tenha que passar anos numa faculdade para adquirir conhecimentos tão básicos para sua vida no meio social. O verdadeiro cidadão é aquele que entende o suficiente de cada área básica da sociedade para não ter que depender dos profissionais para saber coisas básicas sobre saúde, direito, política, etc. Mas, enquanto o conhecimento adquirido durante séculos pela sociedade for restrito apenas ao profissional, naturalmente monopolizado por ele, estaremos muito longe de sermos verdadeiros cidadãos no século XXI.
E finaliza, Win, esta dissertação “no reino do Conhecimento”, com duas conclusões: nenhum profissional é dono do conhecimento, e deve atrair o mérito para si, pois todo o conhecimento adquirido pela humanidade é oriundo do ser humano, seja ele formado ou não, profissionais ou não, pessoas que foram além da paixão profissional para contribuir para a riqueza do conhecimento humano.” Para alcançarmos uma sociedade mais inteligente é preciso evitarmos que o conhecimento humano se perca no profissionalismo, e os não profissionais sejam limitados a um mundo pobre e ignorante. É preciso democratizar o conhecimento e separar conhecimento básico para o exercício da cidadania de conhecimento técnico para o exercício da profissão”.
Porque os artigos valem o que valem, e o Conhecimento não se começa ou extingue em qualquer lugar do hiperespaço, Win, este pensador colaborativo auxiliar como tantos que o hiperespaço felizmente consente, entre Adam Smith, Fayol, um arremedo de materialismo histórico e científico - que abarca Marx - alguma confusão conceptual, algumas afirmações que provam que a generalização trás ao de cima muita ignorância, trás no entanto para o debate algumas ideias. A ideia de monopólio do Conhecimento e das suas Profissões, a ideia de uma correlação entre Profissões e a boa ou má cidadania, e a ideia geral de um conhecimento que não se esgota nas Profissões e que eventualmente fará de todos, não Profissionais do Conhecimento especializados e compartimentados em novos espaços corporativos, agora do Conhecimento, mas verdadeiros Profissionais Holísticos do Conhecimento.

7. DA CONCLUSÃO E DE COMO NO FUTURO SE TENTARÁ PERCEBER MELHOR O QUE SÃO OS TRABALHADORES DO CONHECIMENTO E DO… DESCONHECIMENTO.
Não pretendeu este trabalho “indiciado” ao estilo de Dante Alighieri, em 5339 palavras (mais coisa menos coisa), ser mais do que uma resenha com alguma reflexão, de e sobre, algumas informações que consegui carrear sobre os profissionais do conhecimento e suas características (ou mesmo uma micro - tese certinha sobre a temática), mas uma reflexão aprendizagem própria, mesmo se aparentemente caótica, mesmo se limitada nas conclusões no tempo, esse inimigo da clarividência e amigo das primeiras impressões dos TC e das suas eventuais características. Embora como corolário do trabalho, a conclusão começou a tomar forma a meio do trabalho, como ponto de ordem à cabeça do autor mestrando. Estava já bem claro a essa data, no entanto, como os Profissionais do Conhecimento se confundem muito com massa cinzenta, com extensividade em vez de intensividade, com libertação do trabalho mecânico automatizado e normalizado, com um mundo a várias vozes global no trato e universal no modo, com o domínio da máquina e a desrobotização do ser , com o serviço que tira partido do ser, com o espaço temporal encurtado - tipo a vida num segundo e um segundo na actual vida. Tudo isto, e mais quatro atributos como: autonomia, não estruturação, comprometimento, não partilha, enrodilhados em outros como não rotina, independência, autonomia, emergência, actualização.
Um dos aspectos actuais controversos de algumas Profissões do Conhecimento, ou mesmo de todas, tem sido a sua avaliação. Do mesmo modo como profissionais do Conhecimento com formações intensas são deixados sem avaliação para o resto dos seus tempos de desempenho, há obviamente necessidade de a sociedade assegurar, de forma descomprometida para uns e comprometida para outros, o seu melhor desempenho.
A produtividade da nossa administração, recheada de Institutos e de Profissões do Conhecimento, onde o Conhecimento é inversamente proporcional ao conhecimento dos seus resultados (mau grado os nichos de demonstração de excelência e de demonstração dessa capacidade) é um exemplo de fraca rentabilidade e de pouca avaliação objectiva do desempenho. Há, assim, que criar verdadeiras culturas amigas do conhecimento formas, alavancadas, de propiciação de resultados práticos, fazendo o aproveitamento das melhores práticas e CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DO CONHECIMENTO.

Bibliografia
Davenport, T. H. (2007). Profissão : trabalhador do conhecimento : como ser mais produtivo e eficaz no desempenho das suas funções. Paço de Arcos: Exame.
PAULOS, M. R. (2009). Profissões do conhecimento na indústria: o caso dos designers do vestuário. Um estudo comparativo em três países europeus. Obtido de http://hdl.handle.net/10071/1889
Rodrigues, W. (15 de 11 de 2007). Os donos do conhecimento. Obtido de http://colunas.digi.com.br/wintemberg/os-donos-do-conhecimento/
Turban, E., R. Kelly Rainer, J., & Potter, R. E. (2003). Administração de Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Editorial Campus.
Wikipedia. (2010). Knowledge_worker. Obtido de Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Knowledge_worker
http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/unpan/unpan031277.pdf