sábado, 26 de junho de 2010

O DISCURSO FAZ O QUE EU DIGO NÃO O QUE EU FAÇO

«Se é mais Europa neoliberal numa Europa dominada pelo neo-liberalismo, o Estado português tem uma palavra a dizer. Sabemos que somos um país pequeno mas temos que fazer ouvir a nossa voz», disse. 
Este discurso de Alegre não é apenas poético, de cigarra da "Coimbra tem mais encanto na hora das eleições." É também o discurso do sol na eira e chuva no Nabal, o discurso de quem do povo se serve, para prover privilégios dinásticos.
Cavaco foi mole, demasiado agarrado à separação de poderes, demasiado enquistado numa velhice recatada? Talvez!
Cavaco é co-responsável pelo Estado do País? Talvez!
Mas para o bem e para o mal toda esta classe política que teve sempre pouco de formiga e muito de cigarra, é co-responsável de um país que já não acredita em nada, porque tudo lhe vem sendo pedido à trinta anos, sem horizonte e fim de túnel à vista. 
Razão tem quem diz que, para Portugal só uma política: a política da sem política, com cada cidadão a prover a sua própria dispensa! 

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