sábado, 26 de junho de 2010

TODOS ADVERSÁRIOS, TODOS AMIGOS

«Ao lado de Mário Soares, coube-me o privilégio de criar o sistema partidário português. Fomos capazes de inventar um sistema político à portuguesa: todos adversários e todos amigos», enfatizou. 
As palavras enfatizadas de Freitas do Amaral, inspiradoras da matriz da política à Portuguesa, são também reveladoras daquilo que o povo, os representados, percepcionam de mais negativo em Portugal.

«Todos adversários, todos amigos», naquilo que o povo considera a nomenclatura dos interesses de um regime republicano com muito de monárquico e de privilégio, muito sentado na mesa do orçamento, de uma certa "nobreza dos Papas e Papás da democracia", e de um país onde as redes de amiguismo e de reprodução dinástica, seja no simples emprego, seja nos lugares de topo, dominam a última ceia.

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