sexta-feira, 15 de abril de 2011

SIMON TILFORD

«A própria noção de resgate é um equívoco. Não há uma transferência de um bloco de países para outros como ocorre num estado entre regiões diferentes. Trata-se apenas de empréstimos a elevadas taxas de juro. Essas taxas reflectem o risco que os outros estados associam ao país, reflectem o medo de que esse país não seja capaz de honrar a sua dívida. Se negam que diariamente o cenário de reestruturação da dívida para quê tanto medo? Para quê taxas tão altas? A única coisa que isto faz é juntar mais dívida à já existente, é engordar e adiar o problema.
Pedir uma taxa de 6% é empurrar Portugal para um cenário de incumprimento?
Se não fosse essa a intenção dariam uma taxa de juro de 2,5% e ofereciam mais tempo parar consolidar as contas porque o que se está a pedir a estes países é impossível. Se cortarem demasiado na despesa vão provocar muito desemprego e elevar a despesa social. A dívida até pode cair, mas apenas ligeiramente, e com um custo social enorme»

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