Desde sempre defendi que Portugal só é viável num quadro de alteração, diminuição abrupta, das desigualdades. Quanto mais desigual o país se torna mais pobre e empobrecido. Mas para acabar com a desigualdade não é necessário um ataque contínuo a quem "produz empresas " e "produz emprego " mas é necessário criar um verdadeiro ambiente de concorrência.
E não é com as actuais GALP, EDP e outras, que Portugal consegue criar num mercado pequeno, concorrência. Como é necessário regular eficazmente um mercado de capitais que tomba normalmente para o mesmo lado, sequestrando e sugando os pequenos accionistas e favorecendo administrações. Como é necessário pôr verdadeira ordem no sector empresarial público privatizando as que dão prejuízos e mantendo as que dão lucro eventualmente na órbita do Estado. Num mercado pequeno até o monopólio se pode transformar em oligopólio. Não são pois questões ideológicas embora sejam questões éticas que separam o Portugal pobre do com futuro. São questões de índole técnica, para além das éticas, do conhecimento do funcionamento do mercado.
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