quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TO BE OR NOT TO BE WITH THE EURO?

A polémica à volta da manutenção à volta do Euro está para lavar e durar. Se para alguns, como Ferreira do Amaral, Portugal não tem hipóteses de se manter na zona Euro pela diferença de competitividade entre os países deste espaço regional, para outros a saída deste espaço com base no argumento dos ganhos de competitividade via desvalorização cambial pertence à geração dos empresários vão de escada e dos economistas “vão de escola”. É verdade que a qualidade das nossas exportações tem aumentado e a diversificação das mesmas já passa até por bens tecnológicos imateriais de grande valor acrescentado pelo que a resolução dos deficits através de nova moeda e da impressão de 10% do PIB não resolve a situação.

«E claro, depois volta e meia os governos podem sempre imprimir mais umas notas para ver se os motoristas da CP lá se decidem a arrancar o comboio. Resolve-se logo os défices, imprime-se 10% do PIB todos os anos e até se pode dar uns aumentos de 5% à maralha que eles são burros, e não vêem que compram cada vez menos com mais.»

Portugal é hoje um país mais dotado formativa e tecnologicamente. A realidade das zonas monetárias comuns assenta, no entanto, nas lógicas de polarização das periferias para as zonas centrais de escala. Os apoios recorrentes através de massivos fundos de coesão ou de fundos estruturais a essas zonas são, assim, necessários sob pena dessas zonas geográficas penarem longo anos antes de se verificarem os reequilíbrios propagados pela economia neo – clássica. E numa altura em que os capitais migram para o Sul e para as zonas de recursos naturais, nem os capitais afluem às zonas de periferia dos espaços geográficos desacreditados e em perda no confronto do global, nem os países nessas faixas parecem possuir meios para co-participar em projectos que tragam a cana de pesca e não o peixe (A solidariedade é pois, assim, um bem essencial numa moeda única e na criação de uma sentida unidade Europeia). Resta, assim, que emigrem os recursos humanos da periferia para o centro, o que num espaço federal como os EUA (com a mesma bandeira e sentimento colectivo de pertença) não é dramático. 

Algo que a existência de um amor e filiação soberana e a inexistência de um verdadeiro sentimento de pertença Europeu, de verdadeira babilónia de cidadania Europeia não parece mostrar como caminho.           

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