A cimeira terminada esta madrugada foi aquilo que designaria uma cimeira de copo meio vazio, isto se não houver, como agenda escondida por detrás desta nova exigência de rigor orçamental, algo dado à grande maioria das soberanias.
É que o objectivo do rigor continua a obstaculizar num dado adquirido fundamental: é que os ritmos de crescimento dos países são diferentes e há uma necessidade de políticas anti-cíclicas que não se esgotando na política orçamental são dos poucos instrumentos que os estados soberanos ainda possuem.
A solução pois não parece estar contida nesta cimeira, pelo menos a solução de curto prazo que acalme e convença os mercados. Se Merkel, na sua etérea miopia de advogar e generalizar o modelo Alemão, aposta tudo no cavalo disciplina orçamental, a sensação de um grande vazio relativamente a quase tudo o que divide o ritmo de crescimento e a própria competitividade que equilibra a sustentabilidade desenvolvimentista dos países.
Retirar a política orçamental aos países é deixá-los sem um único instrumento de política soberana, correndo os países o risco de serem penalizados como incumpridores despidos de qualquer resposta senão um eterna austeridade sem estratégia à vista.
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