Restringir a amizade e balizá-la ao domínio do espaço público é um acto triste, não só na forma como no conteúdo. A amizade que nos é transmitida não se renega, nem se gere como um interesse material mesquinho que se aprovisiona para si próprio. Há imagens agradáveis à vista que se degradam em feias e velhas imagens interiores, percursos de vida ocos de afectos e paixões, sejam elas de laços familiares ou laços exteriores.
Afinal o percurso do tempo é inexorável e o nosso maior bem é a amizade incondicional de quem nos tocou em vida em algum momento sem qualquer reserva mental que a da sua própria afectividade. Há gente realmente que precisa de todos nós para descobrir o caminho da inocência perdida ou nunca vista.
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