In vino veritas, podia ser traduzido mais recentemente por in facebook veritas. A recente redescoberta da forma antropomórfica do ser, dá-nos a certeza de “nós seres” revelados em prateleiras meio vazias ou cheias, cheias de ilusões, desertos noctívagos cheios de vida ou apenas searas onde a semente não brota.
A ilusão do pecado é uma ilusão perdida, enquanto as prateleiras são vasculhadas como lugares de achados e lugares perdidos.
O material para o facebookiano é uma conquista tão tímida e tão infrutífera, que a solidão das almas separa as faces, entre as almas das funestas que vivem no limbo da aparência de gavetas semicerradas e as que vivem na ilusão de gavetas não totalmente assépticas e escancaradas.
O caminho faz-se, caminhando, mas à que deixar entrar o sol nas nossas gavetas emperradas, em que os vestígios de pó podem ser vistos como virtude de partilha e reconquista - da nossa mais que inerte condição de um ser original pródigo de capacidade de reconhecer, abraçar, humanizar.
Que melhor tradutor, da nossa e da outra face, poderíamos ambicionar?
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