sábado, 3 de março de 2012

NACIONALIZAR OS PREJUÍZOS, PRIVATIZAR OS LUCROS: SERÁ ISTO VERDADE?

«Estamos a olhar para as oportunidades. Nas águas e nas operações aeroportuárias», disse o presidente da Andrade Gutierrez no final de almoço da Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira, em Lisboa, em que foi homenageado juntamente com o 'chairman' da CGD, Faria de Oliveira.
O responsável disse que a empresa quer, para isso, encontrar parceiros locais com quem possa concorrer às privatizações.
Otavio Marques referiu ainda que a entrada em Portugal será fundamental para a empresa se expandir internacionalmente.
«Estas são empresas competitivas para ir para outros países a partir daqui», afirmou»
A frase nacionalizar os prejuízos, privatizar os lucros, é uma das frases mais emblemáticas de uma certa esquerda.
Mesmo para indivíduos que acreditam nos mercados, quando eles são verdadeiramente concorrenciais, esta frase que parecia tirada a papel químico e feita com orientação ideológica, não deve deixar de ser analisada com sentido crítico e factual.
O que é certo é que em Portugal há uma tendência estranha para nacionalizar prejuízos, levados a conta dos cidadãos e privatizar os lucros levados a crédito de corporações que se não manifestam no mercado da concorrência.
Assim, ficamos à espera de uma explicação para este factual, porque isto parece verdadeiramente ser a história de muitos momentos Portugueses, e qual a bondade da sua efectivação. 
Sob pena de darmos razão a "uma certa esquerda" que considera que as vantagens da arrecadação de verbas das privatizações diluem-se em poucos anos com a perda de dividendos para o estado e ter-mos de dar-lhes a mão no argumento de um país de elites políticas fraudulentas - inimigas do povo e a necessitar de uma cura de ganância e sentido comum nos estabelecimentos prisionais ainda não privatizados.

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