Não há como não ficar indignado logo pela manhã.
"Capitalistas" do escalão mais baixo da autarquia Setubalense são chamados à devolução de verbas brutais recebidas a mais por responsabilidade da Câmara: de 485 € para 520 € multiplicado por dois anos, enquanto se ouvem as empresas como a REN, Estradas de Portugal e quejandas a anunciar cada vez mais lucros.
Dói-me a mim, tanto como a eles, ver pobres trabalhadores assalariados camarários a chorar frente à Câmara de televisão sem saber como vão pagar... possivelmente o fisco tomando para si as suas pobres casas.
Que país estamos a construir com esta desumanidade gritante de uma classe política totalmente irresponsável, desumana e mal formada?
Dói também, e que se preocupem os responsáveis actuais e anteriores, ver 1000 GNR aos gritos perante aquilo que lhe foi prometido... e eles tem as armas nas mãos.
Dói também saber que nas ruas geladas de Genebra, Luxemburgo, Frankfurt e tantas outras cidades Europeia se arrastam cidadãos Portugueses qualificados à procura de pão, fazendo de estações de caminho de ferro e de viaturas a sua morada, fugindo à miséria do CUSTE O QUE CUSTAR de políticos garbosos mas vácuos de ética, empatia, inteligência e cidadania! è que dói ouvir pela manhã Vítor Gaspar, o visionário, o ás da economia, preocupado com perdas de 60 milhões de euros em Janeiro com receitas da Segurança Social e do IRS, responsabilidade de aumentos de IVA suicidas, a que muitos avisaram antecipadamente terem um efeito mais destrutivo que eficaz. Dói saber que a teimosia e a panache desta gente que nunca ouve nada nem ninguém, tem reflexos brutais na vida do dia a dia das pessoas e que a sua responsabilidade ulterior será um lugar numa instituição internacional por onde se passeiam, enquanto país sangra.
Dói também ouvir as notícias diárias sobre um estado que dispara sobre tudo o que mexe: agora, as coimas perante o não pagamento de taxas moderadoras em quintuplicado, sem fazer uma tentativa primeira de contactar os putativos infractores, quando muitos deles por deficiência dos serviços nunca foram contactados para o pagamento. Agora a Segurança Social com filas desde as 5 horas da manhã, para não atender cidadãos ao esgotarem-se às dez as suas senhas, ...
Dói ver que os responsáveis e as clientelas políticas, que se acolitam no emprego das autarquias já "rasgaram" o fim das verdadeiras gorduras do estado, ao negarem ou minimizarem junção ou extinção de Concelhos e freguesias, empresas municipais, sorvendo e tomando para si as poucas reservas de gordura dos cidadãos que deviam servir - mas de que se servem!
É este o país que os políticos na sua cegueira partidária "clubista", anteriores e actuais, desejam? Um país cada vez mais empobrecido, empedernido, desumano, iníquo?
Se for para continuar assim, contem comigo para estar na primeira linha da mudança, pelo direito à indignação já não das palavras, mas dos actos!
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