terça-feira, 19 de março de 2013

MITTLEUROPA, MITTLEGRUPO, O CASO CIPRIOTA DA EURODESGRAÇA


O Finlandês Olli Rehn, o Holandês Jeroen Dijsselbloem e os Alemães Wolfgang Schauble e Jorg Asmussen são a cada vez mais assumida face de uma mittleuropa - de uma espécie de «mittlogrupo» e não de um verdadeiro e democrático eurogrupo que assuma os interesses de todos os seus «associados»

«Mittlogrupo» que está a destruir o projeto europeu com as suas pressões «incríveis», como refere e assume Schauble à comunicação social alemã sobre as recentes conversações? cipriotas, mais soando a chantagem e imposição unívoca de ponto de vista.

Imposição de ponto de vista destruidor de todas os princípios que enformam a UE - a solidariedade, a subsidiariedade, a lealdade comunitária, ...

A mittleuropa ideológica que se apropriou antidemocraticamente do projeto europeu destrói o projeto através do euro e do «rapto» da intergovernamentalidade do «ponto» do interesse alemão. O eixo «Berlim-Paris» agora substituído pelo «ponto» alemão, tenta impor à europa o domínio do seu «marco-euro» com decisões insensatas e pouco democráticas no seio de um «clube», mais uma família e com laivos autocráticos,  gerando efeitos destrutivos na confiança necessária a qualquer sistema financeiro de qualquer espaço monetário.

O egoísmo alemão - neste caso há quem pense que a questão cipriota é mais uma questão de geopolítica - vai matando aos poucos o ideal da convergência europeia, porque mostra cada vez mais às soberanias quem capturaria uma federação europeia - e que interesses estariam por detrás de uma deformada, ou dificilmente bem formada federação europeia onde o princípio da paridade independente da dimensão fosse assegurado. 

Parecendo aparentemente, assim, que a solução europeia é a federalização sem a contaminação dos interesses dos mais fortes que prosseguiriam sempre o objetivo inconfessável de impor o seu modelo e de molde a contrariar a atual crescente governamentalização - facilmente apropriável por um norte economicamente mais forte e onde o livro de cheques e o poder do número da cidadania soberana continua a dominar as relações da «sociedade» mundial, mesmo daquela que se tenta «tornar comunidade» - a atual crise europeia demonstra mais uma vez a dificuldade de criar uma verdadeira comunidade quando no seu interior falta o cimento dos valores principais de qualquer comunidade: a solidariedade e o desprendimento, princípios muito mais franciscanos e muito menos luteranos - as sociedades não se dividem apenas por espaços, mas por ideologias e valores, verdadeiras religiões que as formatam.


1 comentário:

Ricardo disse...

esse grupo antidemocrático e pró-germanico trabalha para criar uma europa dos ricos e ao serviço dos grandes ladrões da alta finança.http://www.planetadosprimatas1.blogspot.pt/2012/10/primatas-em-evolucao.html

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