segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O QUINTUS

«O problema do Desemprego não é um dos problemas da nossa sociedade, nem sequer um dos mais graves. É O PROBLEMA da nossa sociedade, o “nó górdio” que tudo ata e que tudo soltará se alguma vez for encarado com coragem e frontalidade, tudo desatará. Sem Emprego condigno não há estabilidade social, criminalidade em níveis aceitáveis, geração de riqueza, estabilidade social, independência económica, orçamentos equilibrados e velhices seguras.
Existem atualmente em Portugal um número crescente de pessoas que não recebe qualquer apoio do Estado na sua condição de desempregado. Estima-se que este número já ultrapassará os 170 mil desempregados. Basicamente, estas pessoas provêm de dois grupos: jovens que nunca trabalharam mais de 6 meses e que, logo, não têm os dias mínimos de descontos e desempregados de longa duração, com mais de 40 anos que as empresas se recusam a contratar – contra toda a lógica, já que recusam a sua experiência e maturidade – em clara discriminação e violação da Lei.
O subsídio de desemprego deve ser alargado, nem que seja à custa da redução da prestação mensal já paga aqueles afortunados que o recebem, quer à custa do aumento da contribuição social das empresas que nunca recrutam empregados com mais de 40 anos. Mas sobretudo, a carga fiscal que as empresas pagam por cada novo funcionário com mais de 40 anos deve ser severamente reduzida como forma de combater esta forma de desemprego crónica que exclui definitivamente centenas de milhar de pessoas do Mercado de Trabalho. Este mecanismo deve ser reforçado com a imposição de quotas que determinem uma percentagem de novos empregados com mais de 40 anos. Estas medidas são essenciais para manter as famílias – quase sempre com menores – que dependem destas pessoas e necessárias porque os gestores portugueses são ineptos e não percebem que estas pessoas estão no auge das suas capacidades e não no declínio como ditam os gurus e os “manuais de gestão” que tão acriticamente devoram…»

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