terça-feira, 30 de março de 2010

A GREVE DOS ENFERMEIROS E A GREVE DAS CONSCIÊNCIAS

É verdade que é necessário e verdadeiramente urgente baixar os custos em geral do Estado em Portugal. É verdade que este aumento de 200€ em 6000 enfermeiros custaria ao Estado, sem a carga das contribuições sociais, qualquer coisa como 6000x200x14= 16.800.000 €/ano. 
É verdade, também, que o Estado retornaria algum deste dinheiro por via dos estabilizadores automáticos, nomeadamente por via do efeito rendimento nos impostos e por via de alteração dos escalões. 
É verdade, também, que estes dezassete milhões de Euros contribuiriam para o aumento do consumo interno.
Mas o que é realmente verdade é que este aumento global, representa muito pouco no escândalo nacional dos prémios atribuídos a gestores de empresas em falência técnica ou empresas que utilizam o monopólio natural para liquidar o restante tecido empresarial.
E isso é bem pior que uma já de si grave greve dos enfermeiros, pois situa-se no patamar da greve das más consciências! E as más consciências não só não se despegam como pegam e apontam o caminho!

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