Daniel Oliveira mete o dedo na ferida. Com substância, embora lhe falte às vezes alguma racionalidade ao querer defender intransigentemente a sua dama.
O artigo de Daniel Oliveira no Expresso " peca" por colocar correctamente o dedo na ferida. Para um amante de Estudos Europeus, gestão e economia, a palavra omissa no campo é solidariedade. Solidariedade que é um princípio basilar dos tratados, mas que está esquecido nas gavetas dos Conselhos Europeus.
Não se pode querer uma moeda única e um mercado único, sem uma solidariedade única.
Daniel diz que só dois países contam. Porque os outros deixam, e vergam, acrescentaria eu.
De qualquer modo, como Daniel diz, é a falta de democracia o causal principal.
Obviamente que também ajuda muitos dos nossos opinion makers (ignorantes como são e alinhados como são, muitos, produtos mais das agências de comunicação que verdadeiros jornalistas, o que não sendo o caso de Daniel, não é grave, pois demonstra alguma flexibilidade de consciência) esquecerem-se do essencial.
É que o homem é, quase sempre, um animal racional. Pelo menos quando colocado perante as suas preferências. É assim acima de tudo um homo economicus que reflecte a racionalidade das preferências.
E é assim que só libertando a sociedade civil do estrangulamento dos aprendizes e capatazes, Portugal poderá voltar aos carris. Aos carris da sustentabilidade e da felicidade do seu povo. Que se quer trabalhador, seja na escola ou na fábrica.
Chega de paternalistas irracionais que querem controlar o mais simples da nossa vida.
Que é sermos agentes económicos com racionalidade e preferências!
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