Hoje fui ao hospital para curar uma infecção respiratória.
Médica jovem, bonita, simpática, atenciosa, cuidadosa - que nem tudo é mau em Portugal.
O hospital, o intragável labirinto que conhecemos, as hierarquias que desconhecemos, um hospital a fazer lembrar um pátio onde quem manda são as varinas das auxiliares e os marialvas dos seguranças, tudo corporações que não respeitam a hierarquia funcional de quem a devia juntar à autoridade hierárquica.
À entrada o pagamento da taxa moderadora coisa pouca, 10€ - estava lembrar-me de todos os recibos verdes licenciados que auferem 1000€ de rendimento bruto e que expurgados de contribuições e retenções lhes sobra para fazer face ao SNS tendencialmente gratuito pouco mais de 300€ por mês. À saída o lugar do estacionamento mais 7€ do SNS e mais 20€ de medicamentos (poucos) tendencialmente gratuitos.
Tudo por um antibiótico não passível de ser aconselhado por um farmacêutico que poupava deslocação, estacionamento e custo de enfermeiro para a triagem, segurança para acompanhamento na deslocação interna do que pareceu mais de 500 metros até aos aerosóis e custo do acto médico.
E ainda há quem pense que para salvar o SNS basta considerá-lo tendencialmente gratuito ou será que seria melhor tendencialmente bem administrado?
Finalmente, mas que raio significa o tendencialmente gratuito na boca de políticos do governo quando com numa pázada se deixa, fora impostos, 17€ para o Estado, mais uma parcela dos medicamentos de uma farmácia hospitalar?
1 comentário:
Ao abrigo de um despacho governativo está a ser recusado transporte aos doentes para se deslocarem ao Hospital distrital ou a Lisboa a consultas de especialidade ou para fazer exames e tratamentos. A pena de morte parece ter sido restaurada pelo actual governo só que, desta vez, para quem o único crime é ser doente e custar dinheiro ao Estado.
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