domingo, 26 de julho de 2009

O VÍCIO DA DEMOCRACIA DE PARTIDOS

«No tempo de Oliveira Martins, os políticos profissionais eram ainda uma criação muito recente, com menos de um século numa nacionalidade de existência multissecular. São dele as seguintes palavras: "Que as ideias políticas e económicas, ou por outra, os partidos tenham em Cortes um lugar eminente, nada mais necessário nem mais justo; mas que as Cortes, em vez de reunirem no seu seio todos os interesses, todas as vozes da sociedade, reunam apenas os delegados dos partidos, eis o vício, eis o erro que provém do sistema eleitoral" (In «Eleições»).»

«Em síntese, segundo a concepção orgânica, nas formas inorgânicas de representação há simultaneamente um sofisma e um déficit de representação. E o que defendem os partidários da democracia orgânica, é que seja permitida a expressão ou representação das pessoas através dos órgãos naturais a que pertencem no seio da sociedade — através das freguesias ou paróquias, dos municípios, das regiões, mas também por intermédio dos diversos esteios ou grupos sociais (de profissão, de actividade económica, de cultura, de espiritualidade, etc.) no seio dos quais contribuem, pela sua actividade e esforço, para o bem comum da sociedade.»

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