sexta-feira, 3 de julho de 2009

A PROPÓSITO DA RENÚNCIA DE NACIONALIDADE DE MARIA JOÃO PIRES



«Tanto espanto para quê? A mim já me ocorreu fazer o mesmo um tanto cento de vezes e se calhar um dia se tiver a possibilidade faço o mesmo. Num pais feito para elites que pensam para o seu umbigo, com grande défice de cidadania, falta de democracia participativa, só sobra ou o queixume constante de se ser demasiado pequenino ou o discurso do demasiado grande fazendo coisas como "a maior queijada do mundo", onde ganha raízes um nacionalismo provinciano e bacoco . Bom, para mim se um pais não respeita os seus cidadãos (e isto acontece a todos os níveis) em que o debate politico sério é fraco, a redistribuição da riqueza uma vergonha, a especulação uma desgraça, a precariedade laboral disfarçada de livre escolha uma crescente etc. ...acho que uma pessoa (se poder) têm toda a legitimidade de renunciar á sua nacionalidade...não vejo onde está o problema...»

«Há muito que reneguei uma nacionalidade e uma gente que me repugna. Tornei-me estrangeiro num território pessimamente administrado pelo Estado português.»

Estes comentários de anónimos da bloga descrevem com rigor o estado de espírito dos cidadãos deste pobre Estado de poucofeitores feitos capacitados, num país onde os actores não são as Maria João, nem os Joaquim de Almeida, nem os Saramagos, nem os Damásio, ... mas os Sócrates, os Pinho, os Isaltinos, os Ronaldos, os Vieira, ...!

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