Um dos âmagos de uma das mais importantes teorias sociológicas do século XX, O Interaccionismo Simbólico, prende-se com a compreensão de como é que as pessoas «fazem coisas juntas», num envolvimento no mundo empírico. Considerada corpo e alma da sociologia norte-americana desdobra-se desde a sociologia do quotidiano, à sociologia do absurdo, à sociologia criativa, interpretativa, existencial, ...
Quatro temas fundamentais a sedimentam: o primeira que os mundo humanos não são só mundos materiais e objectivos, mas também mundos fortemente simbólicos; o segundo o processo evolutivo; o terceiro a interacção e os comportamentos colectivos; o quarto o quadro empírico. Todos estes temas se misturam, assumindo os objectos sociais significado da forma como são manipulados no contexto das acções colectivas. Existem, pois, por detrás das sociologias interaccionistas simbólicas, um persistente imaginário de símbolos, processos, interacções e familiaridade íntima.
Sendo as próprias origens e história da teoria, um domínio contestado, não tendo um significado fixo, poderemos falar em histórias controversas.
Assim, os seus alicerces que coloquialmente podemos designar de american way of life, conhecem um senhor chamado Horton Cooley, um senhor com alma de artista romântico criador do chamado conceito de «personalidade espelho».
A herança pragmatista, a preocupação com as formas, o pormenor e não a generalidade abstracta, o empirismo da Escola de Chicago, cidade para sempre ligada ao gangsterismo de Al Capone são assim parte do todo holístico do interaccionismo simbólico.
Quando fechei a televisão, perdão, a caixa do separador netniano, já terminava a apresentação do Programa. E com o simbolismo de um qualquer interaccionismo simbólico, perpassou-me uma imagem do quotidiano, do absurdo, da criatividade interpretativa, à existencial, da familiaridade íntima à personalidade espelho de Horton Cooley, da abstracção ao empirismo, da Escola de Chicago à ... ah, tinha finalmente percebido a familiaridade com o interaccionismo simbólico indígena! Do outro lado o simbolismo do coach a demitir-se arrastado pela interacção do momento e ele ... e ele ... porque é que ainda se debate, se representa o pior do pragmático portuguese way of life?
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