segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O PLANO INCLINADO II

O plano continua inclinado. Medina Carreira, apontado por alguns como o pessimista de serviço, lá continua a defender a sua dama.
Endireitar o plano, como se ouve com a irresponsabilidade actual e a cleptocracia oculta, não é fácil. Medina quer doutrinar o povo para alterar o sentido de voto.

A crédito de Medina, que na sua ansiedade salvadora ofusca Nuno Crato e João Duque. Infra aquilo que está ao nosso alcance. Para quem ainda se lembra da intervenção do FMI nos idos de 80 do século passado!
De "orgulhosamente só", no meio do Atlântico, a mais de mil quilómetros da Europa continental, o país mais letrado do mundo, sem taxa de desemprego e com os melhores índices de qualidade de vida, há um ano a Islândia viu o seu sistema bancário entrar em colapso, graças ao endividamento excessivo à banca e ao crédito mal parado de proporções gigantescas. O governo declarou bancarrota e o povo invadiu as ruas, nas maiores manifestações de sempre em Reiquejavique.
As soluções: as soluções passam ou por um golpe de Estado constitucional? tipo queixa a Bruxelas que:

- Portugal deixou de cumprir os critérios da União e ofende gravemente os seus princípios Constitucionais nomeadamente os princípio da Democracia - noção de comunidade de Direito, o princípio da transparência, o da economia social de mercado e o princípio da não discriminação. Tudo ofensas Constitucionais a crédito da cleptocracia reinante.

... ou pela emigração de metade da população Portuguesa e o regresso às remessas equilibradoras!

... ou por um governo de salvação nacional sem os partidos de clientelas cleptocratas!

O curioso é que não sendo Medina conhecido adepto do Marxismo Leninismo, o aviso de Medina parece aconchegar-se aos múltiplos diagnósticos do partido comunista. A identificação com as teses de Medina são reais. Para o PC há muito o diagnóstico do país está feito. Há muito que os comunistas, talvez pela sua ancestral ligação à cadeia mais baixa do mundo laboral, onde a massa cinzenta é substituída pela massa bruta de quem põe verdadeiramente a mão na massa - o trabalho afirma-se como valor contra o capital usurário dos interesses escusos.

Se para o PC e Medina a solução é produzir bens transaccionáveis e não deixar o país continuar a escorregar na via do endividamento sem contrapartida real, pode-se por outro lado perguntar se a postura de alguns partidos do eixo do poder é feita de desconhecimento desta realidade ou é fruto de alguma teoria cabalística, onde entronca a maçonaria e mesmo o relevante interesse de alguns numa União Europeia de escravos e senhores.

Com a boa postura de avestruz que nos caracteriza, pensar que 1000 milhões de euros são mais bem utilizados numa linha de TGV de que numa fábrica como a Portucel ou a AutoEuropa que representa percentagens elevadas das nossas exportações, já não é fado nem burrice, é mesmo ocultação.

E isto para não falar num Estado desarmadilhado sem tantos penduras, tantos Messias dos outros, onde os empregados pudessem voltar a sonhar com a ascensão a pequenos empresários dinâmicos exportadores. Mas para isto era preciso repor os contadores a zero: zero de cleptocracia, zero de impedimentos de burocracia, zero de golden shares de empresas do Estado clientelares, zero de monopólios na electricidade e nos combustíveis, zero de centralização, zero de investimentos públicos sem pay back, zero de ...

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