segunda-feira, 3 de maio de 2010

DIVÍDAS

Bruno Faria Lopes é mais atreito à batalha Naval e não esconde a percepção que a nossa esquadra vale pouco perante os aviões espiões que nos rodeiam.

«...O resultado é assustador: a soma do endividamento do Estado (77%) com o dos privados (159%) atinge 236% do PIB (170% na Grécia). É do crédito bancário aos privados que resulta o grande problema da economia portuguesa na década passada: a subida do endividamento externo (40% do PIB em 2000 para 112% em 2009).
A correcção deste enorme desequilíbrio implicará uma dieta forçada do crédito e uma inevitável subida da poupança. Nas empresas privadas significará contenção salarial. Como o consumo privado pesa dois terços da economia portuguesa, percebe-se a enorme limitação que será imposta ao crescimento nos próximos anos. E percebe-se também por que razão a aposta da política económica deve mudar, passando a centrar-se na única saída para o crescimento: exportar. Só falta saber o quê. É para aqui, não para mantras vazios, que olham aqueles que nos avaliam.»
Bruno Faria Lopes esquece-se, entretanto de mencionar que a dívida dos privados está quase toda ela alicerçada em empréstimos à habitação, o que acomoda mais as nossas preocupações. Exportar o quê? Aquilo que temos feito ao longo da nossa história. Mão de obra, agora infinitamente mais qualificada, menos enxada e mais teclado!

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