Antony Beevor é um dos melhores e mais profícuos autores de história contemporânea. Autor de Estalinegrado, A queda de Berlim, Paris Após a Libertação e A Guerra Civil de Espanha.
Foi a leitura desta última obra que acabei de fazer onde se cruzam nacionalistas com republicanos, com a maior barbárie intestina e um palco experiência do confronto da democracia (com todos os seus defeitos e cambiantes) com os totalitarismos.
E numa altura em que a Europa parece estar em frangalhos como o "emérito" Bloquista Louçã chama ao estado da União actual, a Guerra Civil que abriu as portas à segunda guerra mundial, acontecida à 75 anos, lembra-nos como as famílias soberanas e Europeias rapidamente podem descambar para a violência e para a animalidade mais irracional.
A melhor porta blindada da guerra é a justiça e a bonança económica e a injustiça e decadência económica que se assiste hoje na Europa, acabará por entreabrir a porta. Os sinais estão já cá. A intolerância de povos com povos, a ligeireza para julgar e condenar os povos por não fazerem igual, o fundamentalismo para a penalidade, a ilusão de que todos os povos se deixam escravizar e amedrontar.
No meio desta loucura de entendimentos e exigências a que assistimos na Europa e nas próprias soberanias que começam com o seu fundamentalismo fiscal e financeiro a revoltar o mais insuspeito, só a posição da Inglaterra parece uma posição de bom senso ao não querer alinhar com o Directório que teima em não sustentar a resolução daquilo que se chamou a crise das dívidas soberanas, mas que é muito mais do que uma crise das dívidas e que já chega à própria raiz do estado democrático.
Passos, infelizmente, com o seu conservadorismo e radicalismo, as ameaças constantes em afrontar os insatisfeitos e em penhorar tudo o que mexe, está-se a tornar em Portugal o porta voz de uma Europa fundamentalista, autoritária e muito pouco social democrata.
Os tempos são pois plúmbeos e começam a invocar tempos de intolerância que encontramos na Guerra Civil de Espanha de Antony Beevor.
Os tempos são pois plúmbeos e começam a invocar tempos de intolerância que encontramos na Guerra Civil de Espanha de Antony Beevor.
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