sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MAIS POBRES 5.000.000.000€ É DE UMA POLÍTICA DE SUCESSO?

Diz o FMI que, este ano, Portugal ficará mais pobre, perdendo 3% do Produto Interno Bruto (PIB), o que se traduz em mais de cinco mil milhões de euros, quase 14 milhões por dia. É consequência da crise que deverá ser ultrapassada já em 2010, se o organismo liderado por Dominique Strauss-Kahn acertar na previsão.
Como bem diz Sócrates o pessimismo não cria postos de trabalho.

Numa conversa esclarecedora com amigo empresário Brasileiro fiquei no entanto a saber que o mero enunciado desta evidência também não cria postos de trabalho.


O Brasil dos constantes desiquilíbrios parece estar afastado com uma política de chegada de uma nova classe média ao consumo, mas acima de tudo como este empresário destaca, com o redobrar de apoios às pequenas e médias empresas Brasileiras industriais com programas de incentivos de instalação e, pasme-se, o equivalente ao nosso IRC com taxas de 3%.

O pessimismo, de facto, não cria postos de trabalho, mas a falta de apoio real aos sectores e à iniciativa empresarial, cria algo diametralmente inverso: o pessimismo do empreendedorismo necessário para a criação de um verdadeiro ambiente amigo empresarial.

A manutenção de Teixeira dos Santos à frente das finanças significa, pela sua pouca capacidade de compreender os sinais da economia que cria emprego, um novo rude golpe na descrispação do ambiente das formiguinhas PME´s criadoras de emprego e riqueza.

Curioso a indicação deste empresário: a melhoria da situação económica do Brasil, que pouco sentiu a crise comparado com as economias ditas mais desenvolvidas, deu-se porque o governo Brasileiro percebeu que uma melhor eficácia da máquina fiscal na fuga e evasão fiscal e na luta à economia paralela exigia como contrapartida para a manutenção de algum oxigénio reprodutivo a diminuição acentuada das taxas dos impostos.

Teixeira dos Santos, sempre tão cheio de certezas da justeza das suas políticas - apenas viradas para a vida apenas pelo controle do deficit - perceberá isto?


Sem comentários:

Enviar um comentário