sexta-feira, 12 de março de 2010

A CULPA É DO MENSAGEIRO

«No caso de Luís, as agressões eram tanto físicas como psicológicas. Chamavam-lhe «cão», «careca» e davam-lhe «calduços» quando se dirigia para as salas de aula. O professor queixou-se, pelo menos sete vezes à Direcção da escola. O Jornal «I» teve acesso a uma dessas participações feitas pelo professor de música. Nela pode ler-se que marcou falta disciplinar a um aluno e que propunha que fossem aplicadas «medidas sancionatórias». O sindicato não comenta, mas está em crer que «a escola terá feito o possível no quadro que o Ministério da Educação permite»
Há uma mãe que se revolta. Diz que os meninos, os adolescentes,  não querem ser estigmatizados. Não fizemos nada!
Pois, não! Para além de uns calduços, falta de educação, desrespeito pelos adultos não fizeram nada.

Mas a responsabilidade seminal não é dos adolescentes. 

Em primeira instância é da instituição escola e da instituição ministério da educação. Os adolescentes exigem ser educados. Exigem uma sociedade baseada em famílias estruturadas, sem problemas sociais gravíssimos, sem um desemprego sem rede, uma sociedade baseada em valores e que esses valores sejam transmitidos pelos mais velhos aos mais jovens. A responsabilidade final destas situações é de quem  acha que não é possível disciplinar a escola e exigir padrões de comportamento nas salas de aula. A responsabilidade é dos pais, que não sabem educar as crianças e os adolescentes e não lhes transmitem valores de correcção e educação. A responsabilidade final é de toda a sociedade que está prenhe de valores de falta de civismo e de respeito pelo próximo.

De resto os alunos não fizeram nada, mas que foram a mão de Deus foram!

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