A necessidade de fazer flores e o protagonismo pessoal assumido por Sócrates, trará à luz todas as consequências de anos de criminosa gestão da coisa pública.
Assumindo-se inicialmente como um defensor da economia liberal, deslumbrado com a facilidade de tomada do poder, sabendo-se desasado e com falta de experiência e qualificações para governar, esperto como um rato, sabendo agiornar para si os pobres e desvalidos, com aquela esperteza saloia do provinciano ambicioso, governando à deriva, de acordo com o acertar das críticas, Sócrates agarrou a crise e revirou-se para um conceito mal aprendido de Neo-Keynesianismo.
Com a megalomania própria dos sem vergonha, acertando aqui em vez nalgumas conseguidas políticas, a venda do restante dos anéis aí estará, como a venda da Tap - o início do fim de uma companhia relevante para os Portugueses - e outras malfeitorias a que não chamará passageiras nem extraordinárias.
Desmantelando a economia por necessidade de cada vez mais recursos para obstar à sua política de delapidação de fundos públicos e abastamento do círculo das vaidades, das fidelidades e dos poucos amigos, Sócrates, o concentracionista, faz lembrar um mau jogador de monopólio que tirou da mão dos Portugueses a sua capacidade e vontade própria querendo assumir-se como o grande Gatsby da vida Portuguesa.
O PEC e a dimensão da dívida Portuguesa, a perda da independência e o empobrecimento estão aí ao virar da esquina. Para diminuir o défice assistiremos agora à venda das últimas empresas públicas, ao aumento dos impostos via diminuição das deduções fiscais - que os do regime instalado, com a lata própria dos mentirosos compulsivos e dos vigaristas encartados, se afadigarão em tentar contrariar como - a evidência do aumento de impostos e a destruição da anémica bolsa, importante mecanismo na actual economia global, com a taxação pouco inteligente das mais valias em mercado competitivo global.
Quase sem economia transaccionável, com a grande maioria dos desempregados sem qualquer tipo de prestação social, a resolução imediata da crise passará assim por um regresso ao neo-liberalismo profundo, de uma economia com pouco de social, espartilhada pelo governo do absoluto, pela continuação das benesses a poucos. A Sócrates devemos agradecer ter-nos colocado nas mãos dos credores internacionais, com clara perda de independência nacional e claro empobrecimento das massas.
Mas quer lá saber Sócrates, que aos desempregados responde - paciência! - enquanto chama de populismo à critica aos 600.000€ de rendimento anual de Penedos na REN, aos 400 e tal mil de Constâncio, ao não corte de salários de políticos, consultadorias e assessorias fora do Estado e dentro das clientelas.
Uma vergonha Nacional e Internacional este sr. Sócrates!
Mas, se é necessário o esforço de todos, é evidentemente para as elites políticas e económicas que olhamos com mais insistência. Delas não depende tudo, mas, sem elas, não haverá orientação do esforço nem desenho do rumo a seguir. Ora, francamente, não parecem hoje estar à altura das necessidades e da urgência. Delas se exige uma excepcional capacidade de entendimento e de sacrifício das suas pequenas vaidades.
António Barreto
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