quarta-feira, 2 de junho de 2010

SANTANA E O ARRASTAR DOS PÉS DE CAVACO

«Pedro Santana Lopes em discurso directo:
Da parte de um Presidente da República, exige-se que seja sempre coerente com os seus princípios e, com a devida vénia, entendo que Cavaco Silva, nesta questão, não foi», acrescentou.
«Portugal precisa de um Presidente mobilizador, com uma leitura dinâmica da Constituição da República, que exerça os seus poderes e leia os seus poderes de um modo que leve os outros órgãos do Estado a sentirem-se exaltados e motivados para trabalhar em conjunto por um projecto nacional», continuou.
O antigo primeiro-ministro e antigo líder do PSD considerou que Cavaco Silva tomou decisões políticas erradas e «exerceu o seu mandato com um respeito muito estrito pela letra formal da constituição, com uma leitura muito estática» da Lei magna do país.
Outra das críticas apontadas prende-se com a situação governativa que Portugal atravessa, com um Executivo minoritário. Santana Lopes considera que não houve um Governo de coligação por falta de vontade política. «Se houvesse uma genuína vontade de formar um Governo de coligação, as reuniões tinham sido nas sedes dos partidos. Aquilo foi mais um chá ao fim da tarde», criticou.
E também neste ponto, faltou um papel mais activo de Cavaco Silva. Santana Lopes considera que seria da responsabilidade do presidente «promover» e «exigir» conversações efectivas entre todos os partidos.»
Quem é que pode não concordar com Santana?
Por mais que Cavaco se tente "esconder" na espuma dos poderes, a sua falta de acção interventiva e a colocação dos superiores interesses da carreira política, colocaram-no nesta delicada posição.
A Presidência não pode ser vista como um lugar de reforma dourada, feita à ambição de quem faz do lugar, um espaço de quase irrelevância política.
Acresce ao supra, o gasto desmesurado da PR e a necessidade ingente da humildade dos cargos!

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