quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O GOVERNO DOS CEGOS

«A APED vê com grande apreensão as medidas propostas pelo governo para o Orçamento de Estado 2011, principalmente, a subida do IVA de vários produtos de primeira necessidade, para a taxa normal de 23%».
As mudanças de escalão do IVA dos produtos alimentares traduzir-se-ão em cerca de 120 milhões de euros de receita acrescida, revelam cálculos da associação.
A associação diz que este valor corresponde «apenas a 12% do total de mil milhões de receita fiscal esperada, na sequência da globalidade das alterações a introduzir nas taxas de tributação deste imposto».
«Este aumento terá um impacto muito significativo, tanto quantitativo como qualitativo, nos padrões de consumo das famílias e, consequentemente, na actividade económica das empresas de distribuição e seus fornecedores, num momento que a economia do país atravessa momentos difíceis», escreve, considerando que «esta é uma solução apressada, aparentemente sem critério, porventura, um erro, estratégico, que recai sobre os produtos consumidos pelos portugueses dos escalões mais baixos, em termos de rendimento e de poder de compra, e que afastará, ainda mais, Portugal de Espanha, em termos de competitividade».
Todos vêem, menos o governo dos cegos e desorientados. 
Quando vejo Francisco Assis como porta voz governamental até me arrepio. 
Arrepio-me por o país parecer estar nas mãos destes senhores, aprendizes de tudo e nada, Filósofos de profissão, incapazes de perceber que o país diz basta e quer outras soluções.

Silva Pereira veio ontem, também, à SIC Notícias dizer que aceitam tudo menos mudar qualquer coisa, naquele orçamento que apenas vai protelar por uns meses a resolução da crise estrutural que ficou a descoberto com as más políticas dos último anos.
 
O facto de estarmos numa situação muito grave, não implica não se analisarem as alternativas numa óptica de custo de oportunidade, e não apenas solução imediata com implicações a médio, curto prazo.

Qualquer Português com conhecimentos mínimos de Inglês Técnico, vê que a solução passa apenas por cortes radicais de despesa, mais do que tentativas para manter tudo na mesma sobrecarregando os Portugueses em geral e diminuindo as condições de reversão e retoma. 

É preciso cortar-se mais nos salários dos sectores não transaccionáveis? Pois que se corte! Não se corte é na já pouca capacidade económica instalada, através do aumento do IVA e outros impostos e para-impostos, porque ela é a tábua de salvação de Portugal.

Portugal não é um lugar de experimentação ou aprendizagem para amadores pouco credenciados!

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