«Senhor FMI: «Não é imposição cortar salários no privado»Poul Thomsen lembra, no entanto, que Portugal sofre de um problema de competitividade. Ou se resolve pela redução dos salários, ou pelo aumento da produtividade. Ou pelos dois»
Para Poul Thomsen tudo é simples. Ou redução de salários ou aumento da produtividade - como se aumentasse a competitividade em ambiente recessivo de cada vez mais minguante mercado interno.
Portugal tem na óptica dos autóctenes, nós, muito mais do que duas vertentes.
- tem um país desigual que nunca ajudou a estabilizar um verdadeiro mercado interno.
- tem um problema gravíssimo de crescimento populacional, que foi sendo resolvido com saldos migratórios (só possíveis em ambientes de desemprego baixos).
- tem um problema gravíssimo de corrupção.
- tem um problema de estrangulamento legislativo, de excesso de normas que estrangulam a economia.
- tem um sistema judicial pesadíssimo e lentíssimo.
- tem custos de contexto altíssimos (impostos, taxas, penalidades, multas, juros de mora, juros, burocracias, rendas de sectores monopólicos, falta de concorrência...) e dissuasores do investimento e do empreendedorismo.
Tudo isto concorre para a ineficácia do país e para a improdutividade. Os salários não tornam o país mais improdutivo, o que o torna menos competitivo por improdutivo são alguns dos factores elencados acima que tem que ser realmente atacados.
Como a Troika não acredita nisto joga em vários tabuleiros e diz: o problema de Portugal é um problema que só se resolve por via do abaixamento dos salários!
Mas de que salários senhores da Troika? Dos produtivos e dos improdutivos ou só dos segundos?
Sem comentários:
Enviar um comentário