terça-feira, 20 de março de 2012

MENTIR VAI DAR DIREITO A PRISÃO?

«Mentir no IRS vai passar a dar prisão»

Mais uma lei desproporcional, desnecessária, criadora de um estado policial e claustrofóbico, que vai dar novos poderes ao Estado e à administração Fiscal para decidir discricionariamente,  não porque mentir não seja um pecado, mas porque a mentira pode ser inocente e esbarrar numa legislação muitas vezes contraditória e complexa. 

O estado Português levado por uma ânsia de tudo penalizar e legislar, legisladores tipo carniceiros, afasta sem dó nem piedade o cidadão mais simples e humilde, excluindo-o da liberalidade porque diz pugnar. A luta política dos agentes políticos cria um Portugal esquizofrénico e paradoxalmente anti liberal (do melhor sentido da liberalidade),  onde tudo é punido de forma desproporcionada, criando no cidadão um sentimento de medo, torpor, capacidade de desprendimento e iniciativa própria, contrária aos apregoados valores da liberdade e do empreendedorismo com segurança pessoal. Alguém já se perguntou se esta não é uma das medidas que pelo excesso não é contrária à apregoada competitividade e iniciativa? Claro que os chicos espertos dos descontrutores políticos, far-se-ão de desentendidos naquela capacidade que faz a sociedade civil os ver como vómitos públicos,  e enviezarão a resposta dizendo se o que se pretende é não penalizar a mentira? 

A pergunta que muitos fazem é: e mentir para ter acesso ao poder ou os danos causados pela falta de competência e irresponsabilidade de quem assume cargos públicos, também se vai enquadrar neste legislação? 

Parece-nos bem que não, que será mais uma excepção do estado excepcional de partidos. Se não sabe bem se vive em união de fato (outra anormalidade de bichos políticos este acordo ortográfico gizado no silêncio dos gabinetes), vista o seu melhor fato e atravesse, se necessário a pé, para outras fronteiras onde o cidadão não se sinta constrangido num ambiente cada vez mais claustrofóbico, bafiento e Salazarento. 

A liberdade e a simplicidade dos actos (não atos), decididamente, cada vez menos está a passar por aqui, levada por pretensos decisores políticos, gente que não é feliz nem deixa o seu povo o ser.

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