«É mais uma voz que se ergue sobre o caminho seguido pelo país em crise. Desta vez para antever uma “mudança profunda” nas mentalidades dos portugueses perante “a abolição da existência possível das pessoas”. A manifestação do passado dia 2 não escapou à leitura feita pelo filósofo e ensaísta José Gil, no programa da TSF-Diário de Notícias "Gente Que Conta": sobre ela, diz tratar-se de um protesto que vê como “a fase de um processo que pode dar violência”.“Pela primeira vez, os portugueses estão a entrar numa mudança da sua mentalidade profunda”, afirmou José Gil. “Eles já não se vão contentar com (…) o viver em círculo sempre, fugir sempre à realidade, numa irresponsabilidade. Não. Pela primeira vez o português encontrou a realidade. Como? Quando lhe tiraram tudo, todas as possibilidades. Ele agora já não tem que sonhar porque não pode sonhar.”Sobre a manifestação do passado dia 2, que juntou pelo menos um milhão de pessoas nas ruas de várias cidades de Portugal, ela resultou de “um desejo de afirmação” e de “um protesto porque o que se está fazendo é a abolição da existência possível das pessoas”.»
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segunda-feira, 11 de março de 2013
JOÃO GIL E O ENCONTRO COM A REALIDADE
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