terça-feira, 8 de março de 2011

LE EUROPE À MILLE TEMPS

Os dois países «estão a pagar as incertezas políticas da Zona Euro que não encontra a fórmula para dissolver esta contradição entre ajustes e crescimento», escreve o espanhol «El País», no seu editorial.
«Com restrições orçamentais draconianas é difícil crescer e sem crescimento não é possível pagar as dívidas», lê-se no artigo intitulado «Efeitos secundários».
O jornal defende que «a Europa, a Zona Euro, deve assumir que o mais urgente é evitar que se quebrem mais economias».
Daí que o fundo europeu deva ser fortalecido, ampliando o seu uso à compra de títulos soberanos no mercado secundário, para evitar que os problemas da Grécia, Irlanda ou Portugal contaminem o resto da Zona Euro. E Espanha tem sido encarada como uma preocupação, já que é grande demais para cair.
Sobre a Grécia, «as explicações da Moody¿s revelam até que ponto a Grécia está metida numa contradição praticamente insarável; contradição que pode alcançar os países mais afectados pelos medos dos mercados de investimento, com Portugal em primeiro plano», cita a Lusa. E Atenas está a ser castigada «pelos efeitos secundários dos medicamentos que a zona euro e o FMI receitaram».
O «El Pais» considera que a Grécia precisa de ampliar o prazo de devolução e reduzir os níveis de juros do empréstimo de 110 mil milhões de euros que recebeu da UE e do FMI, mas «necessita, antes disso, de gerar rendimentos suficientes para pagar as dívidas».
Os investidores «devem ter em conta que se extremam os rigores do ajuste, países como a Irlanda, Portugal ou Grécia podem ver obrigados a reestruturar a dívida e os investidores e os próprios países teriam de pagar as consequências».
Este artigo do El País é de uma clareza arrepiante. Aquilo que se tira daqui é que há na Europa quem não perceba o que é a Europa como União Europeia, ou há na Europa quem se aproveite deste estado de coisas para enriquecer à custa dos contribuintes de alguns países.

E esses são de certeza sectores que se financiam a baixo custo vendendo a alto custo. Nessa perspectiva mereciam uma restruturação da dívida que lhes retirasse valor. 

Poderá isto parecer uma contradição com a afirmação da necessidade da vinda do FMI. Só que a vinda do FMI não pretende ser na minha cartilha a  forma de resolução do problema  Português, porque esta fórmula resolvente tem também uma variável independente de que depende  o statment Português: a saída de José Tro caste!

Neste aspecto a entrevista de ontem de Jerónimo Sousa reforça aquilo que é a realidade Portuguesa a alterar urgentemente, o fim do ócio, da falta de produção, a necessidade de nos levantarmos pela produção de riqueza.

Todos voluntariamente aos campos e às fábricas nem que para isso seja necessário uma nova revolução cultural pacífica, sem necessidade de um novo Mao ou de um sucedâneo de Jerónimo de Sousa (que obviamente tem a solução, não sei é se tem a confiança!).   

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