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Estrangulada entre um modelo parado no tempo, sem capacidade de se auto-reformar e regenerar, e a contínua quebra de financiamento estatal o ensino revela-nos, assim, esta faceta do Estado espectáculo, refém mais de objectivos obscenos de luta política, tão perceptivelmente distinta do interesse publico.
Estranho destino, este, o de um País que ao mesmo tempo que asfixia as suas Universidades propagandeia de forma tão intensamente evidente uma parte do seu ensino, fazendo-nos suspeitar que sem os objectivos atrás citados, nem tal seria uma real opção. Preocupante, também, esta forma de governar voltada para a satisfação do círculo interno e para o foclore, caíndo no ridículo aos olhos do Português normal, mesmo aqueles com que os políticos se cruzam debitando e fazendo suspeitar um enganoso sorriso acéfalo. Há que conhecer a "gente", que é muito mais que beijos, apertos de mãos e sorrisos.
Afinal para quê e para quem governa Sócrates, e a grande maioria dos eleitos, e porque é que nos sentimos órfãos enganados dos nossos próprios governos?
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