No meio da contenda entre os adeptos do liberalismo de mercado e os interventores, e depois da primeira batalha que deu a palma aos segundos, esta notícia recoloca nesta guerra sem fim os primeiros em situação de igualdade, se nos abstrairmos do próprio mecanismo de auto regulação do sistema capitalista de que muito bem falava J.P.P. e das múltiplas cambiantes de que o sistema intervencionado é fértil.
É que a ganância de Estado tem destas coisas e as Finanças deveriam como legítimos representantes dos contribuintes, não legitimados pelo povo para todas as malfeitorias por cheques em branco, explicar e ser responsabilizadas jurídica e penalmente com eventuais perdas de mandato de representação, pelos prejuízos decorrentes do quero, posso e mando, com laivos de incompetência e farta arrogância.
Alguém já se deu ao trabalho de verificar qual foi o saldo entre estes 400 milhões e o recebido por via de não abaixamento de taxas e a sua colocação ao nível, no mínimo inteligente, da nossa vizinha Espanha? Alguém contabilizou o efeito na inflacção e na perda de produção por via da diminuição de vantagens comparativas para as exportações Portuguesas? Alguém contabilizou o desemprego criado e o prejuízo daí decorrente? Perante isto que este governo se não admire que nas ruas a pergunta seja: para quem governa(M) os governos de partidos? É que a "no end history" da fábula das reformas duras, não entusiasma os Portugueses que estão fartos da fábula de Pedro e o lobo!
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