quinta-feira, 25 de setembro de 2008

RTP1, 21H30, ESTÚDIOS DE LISBOA

Todos nós os que gostávamos de ver um País mais próspero, gastamos energia para encontrar soluções para um país que, ou não as quer, e se mantém num estado de constante conflito ou numa apática inércia, ou é incapaz de maturar sobre elas, por ignorância ou princípios éticos, e por algo basilar para a actual exigência de jornalista, uma formação básica sobre questões económicas concretas. Afinal, o ser humano é acima de tudo um ser "economicus" na sua actividade diária de prover a subsistência.

RTP1, 21h30, Estúdios de Lisboa: grande entrevista de Judite de Sousa com Marques Mendes. Aparentemente Judite de Sousa, elite dos jornalistas com muitos anos de jornalismo, enquadra-se neste arquétipo de país de novela. Revelando Marques Mendes, preocupações com o estado do País, sistematicamente afirmando não se querer envolver em tricas partidárias, Judite de Sousa insiste uma e duas vezes, à espera do que pensa ser a notícia , assumindo-se como agente de conflito, como presa à espera de "sangue", passando ao lado das questões económicas fundamentais para o país.

Para alguém preocupado com o País, ver jornalistas que não se conseguem livrar desta envolvência, desaproveitando a nobreza do seu estatuto para acrescentar algo de bom à informação dos seus concidadãos, dando-lhes grandeza e abertura de espírito para dar verdadeiramente a conhecer o que alguns políticos de carácter pensam, incomoda-nos, e faz-nos pensar que não só é necessário regenerar a classe política, como é necessário uma nova classe de jornalistas mais capazes que não se confundam e diluam nela, aproveitando a simbiose das duas classes, uma nesta sociedade de informação muito refém da outra, mais bem formados e informados e que não confundam o jornalismo com a mera trica política. Como muito bem o povo diz, a responsabilidade do actual estado de coisas, é muito mais da pequena elite Portuguesa, jornalistas incluídos, que da classe média trabalhadora.

Ver hoje a televisão Brasileira, exemplo do G.N.T. é uma bofetada de luva branca, no péssimo jornalismo, com as poucas honrosas excepções infelizmente não nos lugares chave, que se faz hoje nas televisões em Portugal, jornalismo mínimo, sem objectivos visíveis informativos e formativos.




1 comentário:

joshua disse...

A classe média trabalhadora está sobre-onerada e de rastos e o que tem falhado é justamente o filtro da verdade, da informação operado pelo poder político sobre os Media: Judite é um exemplo acabado de esse desvio para o acessório.

Estou cansado de um estilo impertinente e interruptivo de entrevistar, fugindo ao cerne do que explica o nosso empobrecimento geral e vergonhoso atraso em fosso. Se é legítimo dizer que fomos e somos traídos pelos políticos é igualmente legítimo declarar que temos sido de igual modo traídos pelo Jornalismo a soldo dos poderes instituídos que permite modalizar e contornar os verdadeiros problemas e razões para o Portugal Desigual que nos calhou em sorte.

PALAVROSSAVRVS REX

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