Recebi de intemporal amiga,
uma preocupação sentida,
de enorme e irrecusável carinho,
sobre o sentido real,
de uma grande safadeza.
Do reto não é de certeza
que ao recto falta a leveza,
que a enorme tibieza,
remata num certo rectal.
Acordo ortográfico, ou sintáxico,
o que é?, não o conheço,
se até ao sentido gráfico,
foge-me a nota à Marsalhesa.
Querida amiga, é essa a graça,
a maleável riqueza
desta democrática massa,
que instrói ou reconstrói,
a nossa impoluta amada,
a armada Portuguesa.
Seja na mestiça América
ou na multicultural Europa,
seja na negra África
ou na amarelecida Ásia,
seja reto, ou seja recto,
seja broche ou seja ... oral!
Cara amiga ...
é essa a riqueza
da doce e maternal beleza,
desta democrática Portuguesa,
sem donos, ou igual.
Para além do acordo banal
ridicularizado pela imprensa,
a moldura e o pedestal,
são, para nós, instituída chateza,
de filólogos de quintal.
Deixe-se ao povo arguto,
a grandeza,
de tornear com clara leveza,
liberdade e toda a destreza,
o futuro da Portuguesa.
Despeço-me
com certeza e carinho,
da sua enorme benevolência,
rescaldo desta enorme indecência,
da minha impolida franqueza.
@ 2008 CausaVossa: a "casmurra maioria"!
Blog da nossa consciência, do n/ umbigo, da solidariedade, da ética, do egoísmo, da ganância, da corrupção, do faz de conta, do desinteresse, do marketing, das sondagens, da elite do poder, do poder dos sem poder, do abuso do poder, da miscigenação com o poder, da democracia participativa, do igualitarismo, dos interesses, do desprezo pelos excluídos...da política, da democracia de partidos e da classe política Portuguesa séc.XXI! A VOZ DA MAIORIA SILENCIOSA AO SERVIÇO DA CONSCIÊNCIA PÚBLICA!
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
PARA LÁ DO ACORDO ORTOGRÁFICO, A RENOVADA LARGUESA DA "NOSSA" ... LÍNGUA PORTUGUESA
Etiquetas:
Estado Poético
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2 comentários:
Meu caro amigo, eu entendi, é claro, o sentido do que escreveu, pesquisei porque sou curiosa, e gosto de saber as diferenças entre nosso idioma e a Língua Mãe, porque, ainda que o idioma seja o mesmo, nem sempre é fácil entendermos, numa primeira leitura, textos escritos por portugueses, tanto por muitas palavras terem sentido diferente, como pela formulação das frases, o modo de expressarem seus pensamentos, que também difere um pouco do nosso.
Como exemplo de diferença de sentido de palavras, vejamos a palavra “puto”, que aí quer dizer “menino”, e aqui é palavra chula, vulgar, preferencialmente usada no sentido pejorativo. Veja o que diz nosso dicionário:
“puto1
[Do lat. *puttu, por putu, ‘menino’.]
Adjetivo. Chulo
1.Bras. Diz-se de homossexual.
2.Bras. Diz-se de indivíduo devasso, corrompido, dissoluto.
3.Bras. V. danado da vida.
4.Bras. Seguido de um substantivo (às vezes com intercalação da prep. de, seguida de artigo ou contraída com ele), corresponde a uma qualificação depreciativa ou apreciativa de coisa ou pessoa designada pelo substantivo:
Não tinha um puto vintém;
Escreveu um puto dum romance;
Diabo! o puto do menino foi embora.
Substantivo masculino.
5.Bras. Homossexual.
6.Bras. Indivíduo devasso, corrompido, dissoluto.
7.Lus. Pop. Garoto, menino, rapazinho:
“Um puto português só por um triz não foi campeão da Europa.” (A Bola, Lisboa, 26.7.1982.).”
Mas eu não encontrei outros sentidos para as palavras “rectal e retal”, que aqui só são usadas no sentido anatômico, por isso lhe escrevi, tentando ampliar, na fonte, meus conhecimentos a respeito.E também penso que o mesmo deve acontecer a vocês em relação a nós, principalmente em poesia, onde a licença poética nos dá algumas liberdades (extrapoladas por muitos) gramaticais.
Bem, meu amigo, isto é um espaço para comentários, e já estou escrevendo um “jornal” (um texto muito grande).
Abraços literários.
Eloah
Amiga Eloah, só lhe posso agradecer a sua empatia, simpatia e amizade ... e um, até já!
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