segunda-feira, 6 de outubro de 2008

OS MOVIMENTOS NOVA ESPERANÇA

Hoje resolvi ir-me inscrever no novo partido M.E.P., movimento esperança Portugal. E porquê? Porque tudo parecia deliciosamente bom: a justiça, a ética, a verdade e a consequência, tudo era novo, a cheirar a cravos e rosas. Os novos compadres dão as mãos por um nova ilusão, estão frescos que nem umas alfaces, destilam vigor e mudança, cumprimentam-se e abraçam-se ainda com sorrisos e dádivas puras de crianças.

«Estão fortes e confiantes, o futuro sorri-lhes, o futuro pertence-lhes!»

Quando voltei a esquina por detrás de um espesso muro, decadente, vislumbrei no entanto um velho cartaz. Dizia P.H., por detrás ainda outro dizia P.R.D., por detrás desses outros, ainda se descortinava rasgado, alquebrado, ainda outro que já não se conseguia ler à distância. Parei e voltei atrás. Afinal tudo já era igual, os tiques, as ambições, as mentiras, as ilegítimas legitimações, tudo isso já tinha ficado para trás ... até a esperança dos movimentos ditos ... da nova esperança!

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