terça-feira, 27 de abril de 2010

TEIXEIRA, OS CERTIFICADOS, O FINANCIAMENTO E A PRESSÃO EXTERNA

«Para se financiar, o Governo paga uma taxa inicial de 0,794% aos subscritores Certificados de Aforro, na enorme maioria pequenas poupanças nacionais de médio e longo prazo. Claro que os as novas subscrições não compensam os reembolsos.
Para se financiar a médio e longo prazo, o Governo pagou, na última emissão de Abril, uma taxa média de 4,34% aos subscritores Obrigações do Tesouro, na maioria bancos e estrangeiros. Não pagando um pouco mais pelos Certificados de Aforro nacionais, passa a pagar muitíssimo mais ao estrangeiro pelas Obrigações do Tesouro. Aumentando ainda a pressão sobre a dívida externa.
E, mesmo para se financiar a curto prazo, o Governo pagou, na última emissão de Março, uma taxa de 1,046% aos subscritores Bilhetes do Tesouro, na enorme maioria entidades bancárias. Mais do que paga pelos Certificados de Aforro.
Genial e patriótica política, esta do Ministério das Finanças!...»
PINHO CARDÃO METE O DEDO NA FERIDA.
COMO É POSSÍVEL UM TÃO MAU MINISTRO DAS FINANÇAS QUE TANTO DANO CAUSA A PORTUGAL?
NÃO SERIA MUITO MAIS INTELIGENTE, ATÉ PARA EVITAR ESTA BRUTAL PRESSÃO ESPECULATIVA EXTERNA, RECORRER A INSTRUMENTOS INTERNOS DE FINANCIAMENTO?

4 comentários:

Pinho Cardão disse...

Pois, para gente normal, seria, com toda a certeza. Mas não para os cérebros do MFinanças, de grande alcance e banda demasiado larga para a estreiteza de mentes vulgares.
De resto, desvanecido pela citação, caro Maioria Silenciosa!...

ricardo disse...

Para se ver a estupidez dos governantes, preferem pagar 4% a estrangeiros e receber zero de IRS, quando poderiam reaver parte do juro em imposto se a dívida fosse detida por residentes.
É difícil ser mais incompetente.

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Obrigado caro Pinho Cardão e Ricardo. Isto já passou, de facto, todos os limites!

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Ainda à volta do tema tendo acabado de conversar com um "colega" bancário que se queixava também da oportunidade do aumento das mais-valias, não do meu ISE mas do ISCTE, dizia-me ele em surdina sobre os certificados com medo do Santos Pereira: isto são os banqueiros que não querem para não desviar massa monetária do sector bancário. Além de que a intermediação bancária ficava mais estreita.
Será? Será que TS está mais preocupado com os lucros da banca, do que com a saúde financeira do país, os efeitos multiplicadores da medida e os pequenos aforradores e accionistas?

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