terça-feira, 29 de novembro de 2011

GUILLERMO FARINAS

Ao todo, foram 24 as greves de fome que Guillermo Fariñas já levou a cabo em protesto contra o regime cubano com o objectivo de promover uma mudança política pacífica e a liberdade de expressão no seu país.
Doutorado em Psicologia, jornalista e dissidente político, Fariñas fundou a agência de notícias independente de Cuba, mas foi obrigado a encerrá-la pelas autoridades cubanas.
A sua luta centra-se na libertação dos muitos presos políticos existentes em Cuba e a sua última greve de fome deveu-se precisamente à morte controversa de Orlando Zapata Tamayo, um prisioneiro de consciência falecido após 82 dias de greve de fome iniciada pelas mesmas razões.
Numa carta enviada a Raúl Castro, Fariñas exortou-o a demonstrar ao seu povo e ao mundo que o compromisso de mudança manifestado à imprensa era verdadeiro e solicitou a libertação dos presos políticos. Cuba negou a sua existência.
Tal como aconteceu a outros galardoados cubanos com o Prémio Sakharov, Fariñas não foi autorizado a viajar até França para receber o prémio.
Uma cadeira vazia no hemiciclo de Estrasburgo simbolizou a sua presença. Numa mensagem gravada, o dissidente apelou à União Europeia que continue a pressionar Cuba para que respeite os direitos humanos e não se deixe enganar pelo “regime de comunismo selvagem” de Cuba.
PRÉMIO SAKHAROV para a liberdade de pensamento - 2010
Ser dissidente é discordar de uma política oficial, de um poder constituído, de uma decisão colectiva. Farinas têm tudo isso relativamente ao poder constituído em Cuba. A liberdade de expressão e pensamento que Farinas, psicólogo e jornalista independente, vencedor do ciberlibertad dos repórteres sem fronteiras defende, não é aceitável pelo poder Cubano que vê na sua dissidência, o perigo colocado pela oposição à ortodoxia e estabilidade do regime. A sua última obra “Radiografia de los miedos en Cuba” é o retrato de uma sociedade dividida ao meio e dominada pelo medo.

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