Uma das coisas boas de cada dia estarmos mais antigos é aprendermos coisas novas todos os dias. Ontem aprendi da tecla de uma amiga madura (que explicarei adiante) uma frase idiomática nova: no rest for the wicket. Ao primeiro som soou-me a cricket. Improvável mas não impossível! Afinal nos primórdios esta estranha frase idiomática significava apenas não dar descanso aos pecadores.
Com o amadurecimento propiciado pelo tempo, no rest for the wicket significa agora o pecado agravado do não descanso para os atribuídos de mais responsabilidade.
A Helena Sacadura Cabral, mãe de portas e filha de cabrais, uma excelente Portuguesa e escrevinhadora que muito aprecio pelas qualidades que aqui partilho como bom amigo, "autodefine" como Portuguesa madura toda a mulher que: não provoca, mas deixa-se provocar; não é inteligente, é sábia; não se insinua, mostra subtilmente o caminho; não se precipita, espera o momento indicado; não nada, navega; não voa, flutua; não pensa em quantidades, prefere qualidade; não vê, observa; não anda, caminha; não é pretensiosa, simplesmente gosta de si; não se julga, analisa; não compra, assimila; não consola, aquece o coração; não busca, desperta os sentidos; não coloca cadeados, deixa livre…
Como homem, ao olhar para esta lista, concluía que nunca amadurecerei antes dos 100 anos. Mas afinal quem quer ser totalmente maduro antes desta idade...?
E é por isso que concordo com outra amiga, que na vida nunca estaremos mais velhos, apenas aborrecidamente mais antigos, mas necessariamente mais sábios, eternamente românticos e apaixonados.
E é também por isso que quero dar descanso ao meu no rest for the wicket, transformando-o num ticket for the rest and for the slow and emotionally maturation.
Pelo menos até aos 99 anos, onde poderei finalmente dizer: estou a começar a sentir-me velho, mesmo que para o ano me comecem a considerar antigo!
Pelo menos até aos 99 anos, onde poderei finalmente dizer: estou a começar a sentir-me velho, mesmo que para o ano me comecem a considerar antigo!
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