«Hu Jia é um dos mais proeminentes activistas dos direitos humanos na China. Tem dedicado a sua vida a diversas causas, desde as questões ambientais, à protecção de doentes de HIV. É igualmente um dos responsáveis pela realização de um inquérito oficial ao massacre da Praça de Tianamen, em 1989, e um dos coordenadores do "Movimento de Advogados de Pés Descalços".
Em 27 de Dezembro de 2007 foi preso juntamente com a sua mulher, Zeng Jinyan, após o seu testemunho através de uma teleconferência com a Subcomissão dos Direitos do Homem do Parlamento Europeu – uma acção que, segundo a Amnistia Internacional, fez parte da campanha de repressão que o governo de Pequim levou a cabo antes dos Jogos Olímpicos de 2008. Foi acusado de "incitar à subversão contra o poder do Estado".
Nessa altura, Jia tinha também publicado uma carta aberta onde dizia: "Os Jogos Olímpicos vão ser realizados num país onde não existem eleições nem liberdade religiosa...onde a tortura e a discriminação são suportados por um sofisticado sistema de polícias secretas".
Foi libertado em Junho deste ano após três anos e meio de cativeiro.PRÉMIO SAKHAROV para a liberdade de pensamento - 2008»
Gigante económico, anã na democracia, a China do Estado socialista pragmático - e do modo capitalista - ergueu à volta do seu regime Imperial uma enorme muralha de restrições. Qual cidade proibida que teme a sua Tianamen, a falta de liberdades, a tortura e a repressão fere a sua afirmação no mundo como bem sabe Hu Jia, activista cívico Chinês. A ilusão da manutenção de um “exército terracota”, que mantenha o Império do Meio unido, “paradoxa” na repressão aos activistas e à liberdade. O gigante só deixará de ser de pés de barro, quando derrubar a muralha e abrir o seu império ao “sol democrático”.
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