«Todos os anos, muitos jornalistas são assassinados em todo o mundo apenas por fazerem o seu trabalho. Desses crimes, 9 em cada 10 passa impune.
São números como estes que fazem com que a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), uma organização não-governamental (ONG) internacional, continue a perseguir o seu objectivo primário: A liberdade de imprensa nos quatros cantos do mundo.
Segundo esta organização, mais de um terço da população mundial vive actualmente em países onde a liberdade de imprensa não existe. É neste contexto que a RSF se apresenta como a maior guardiã dessa liberdade fundamental: defende jornalistas perseguidos; expõe casos de tortura; luta contra a censura e contra leis que ponham em causa a liberdade de imprensa; dá apoio financeiro a profissionais dos meios de comunicação social (para pagar advogados, despesas médicas, assim como ajudar as famílias dos profissionais presos); e trabalha, todos os dias, para melhorar a segurança dos jornalistas, especialmente em cenários de guerra.
As iniciativas desta organização são levadas a cabo nos cinco continentes através de uma rede de mais de 120 correspondentes; a Rede Dâmocles, criada em Janeiro de 2002, que dotou a RSF de uma ramificação legal, que visa assegurar o julgamento de assassinos e de todos quantos infligem torturas a jornalistas.
Para contornar a censura, esta ONG costuma apresentar, por vezes, artigos proibidos, alberga jornais encerrados, e funciona como um fórum no qual os jornalistas "silenciados" podem fazer ouvir a sua voz.
Anualmente, atribui o "Prémio Repórteres Sem Fronteiras – Fundação de França" a jornalistas que se tenham notabilizado pela defesa da liberdade de imprensa.PRÉMIO SAKHAROV para a liberdade de pensamento - 2005»
O direito a informar e a ser informado deve ser uma condição inalienável da condição humana. No Ocidente de tradição democrática, o direito a informação não manipulada, livre de interferências e interesses não confessáveis, parece um direito já integrado no seu ADN. Neste e noutros contextos, a ONG, “Repórteres Sem Fronteiras”, tornou-se num último reduto da defesa dos “veículos” do direito de informar e ser informado sem barreiras, censuras, inconveniências ou imposições - na defesa dos seus mensageiros. A sua sigla, RSF, parece induzir: respostas s.f.f., sem matar o mensageiro!
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