segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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» O euro encontra-se no epicentro da atual crise precisamente porque é uma irracionalidade: uma moeda única para economias imensamente díspares. Esta irracionalidade é a causa pela qual os especuladores assentaram baterias contra os países mais periféricos e com economias menos competitivas. A atual (e incurável) Crise do Euro decorre de a moeda ter sido adotada antes de existir a mínima harmonização dos sistemas fiscais, dos níveis salariais e dos padrões de produção e consumo. Perante um conjunto tão dispare de situações económicas, pretender estabelecer uma “moeda única” só poderia ser um disparate com as consequências que hoje estão à vista de todos: uma periferia hiperconsumista e um centro produtor e credor que agora exige os juros de uma política de décadas de destruição dos setores produtivos em trocas de subsidiarização.
O euro é uma moeda artificial. Foi forjada a partir de uma determinação política, para erguer uma União Europeia a partir de um alicerce económico. Não poderia jamais acomodar realidades económicas muito diversas, que tinham todo um mundo de riqueza, produtividade e rendimentos separando-os… Para colocar todos os membros da União Europeia num único saco de gatos, tentou conciliar-se o inconciliável. Colocados perante tamanho imperativo, os pequenos e periféricos julgaram-se subitamente ricos e entraram numa espiral de endividamento crescente e explosivo – a prazo – que hoje os coloca à beira da Bancarrota. Os país com economias onde o setor produtivo era mais forte (como a Alemanha e França) passaram pelo Euro com relativo à vontade, porque continuaram a exportar para os países periféricos, mas estes entraram num aumento de dívida descontrolado.

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