sexta-feira, 4 de março de 2011

O PARADOXO DA PARTICIPAÇÃO

Ainda na decorrência da posta anterior, fica o paradoxo da participação. Se em muitas instâncias se considera a necessidade de participação dos Portugueses nos seus destinos, através da denominada sociedade civil, essa participação é por outro lado muito mal vista e confundida com o por mim ou contra mim dos apaniguados de qualquer coisa. 
Contrariamente à verdadeira sociedade civil que não se atem a essas lealdades, as lealdades partidárias que dão poder virtual, ou real, empregos e status para os boys, não convivem bem com a expressão livre temática dos assuntos, escrutinados ao pormenor do possível. 
Do possível, sim, dada a falta de transparência do funcionamento do Estado e de muitas das suas instituições em Portugal. 
A democracia em Portugal só funcionará em pleno, quando a razão estiver quase sempre, à semelhança do cliente que tem quase sempre razão, do lado do cidadão. Só nessa altura se poderá dizer que o dono da bola não é mais o político profissional, essa figura mítica antidemocrática, mas o cidadão - político. 

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