O problema de Portugal foi, e parece sempre será, o modo enfatuado das elites que vêm do povo, mas que rapidamente se fazem alcandorar a brasonados da república.
O desconhecimento pelas sinecuras idiotas desta pobre e podre república, fazem com que à ambição desmedida se junte rapidamente um desconhecimento do outro, um desconhecimento da realidade.
É por isso que sempre fui contra os privilégios mesmo quando eles são considerados como uma forma de diferenciar.
Numa república do povo, não pode haver diferenciações dessas. O homem político devia ser tratado informalmente, sem qualquer tipo de tratamento privilegiado, um igual entre os iguais.
As sociais democracias Nórdicas regem-se por este estatuto. Um verdadeiro igual entre iguais que vai (não por espectáculo, mas opção) para o trabalho no meio de todos os outros cidadãos em transportes públicos, sem separadores que o separem irremediavelmente da realidade dos seus anteriores irmãos.Enquanto não exigirmos aos cidadãos nos cargos públicos o dever de se manterem iguais sem privilégios e tratamentos "de alteza", a democracia morrerá sempre no funil por onde são sugados os representantes do povo que se tornam a partir daí meros representantes de si próprios.
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