«Como administrador da EADS, Jean-Claude Trichet, que abandonou o BCE em Outubro do ano passado, deverá auferir cerca de 120 mil euros (foi essa a remuneração de Arnaud Lagardère). De resto, o cargo de presidente executivo da EADS, que era ocupado por Louis Gallois, ...»
Esta notícia é espantosa a vários títulos.
O primeiro pelo modo simples como se promove um homem de vícios perigosos.
O segundo porque revela que não é só cá que a política vive confortavelmente com a economia e os negócios.
A terceira porque nos dá o valor de um administrador numa empresa com a dimensão da fabricante dos Airbus: 120.000 € numa empresa que dá lucros, contrasta com a remuneração de administradores de empresas como a EDP, cujos lucros resultam de engenharias financeiras de aumentos de passivos: é olhar Catroga e a restante "manada".
Tudo isto demonstra que a gestão, boa ou má de Portugal, não é uma questão de direita, esquerda, socialismo ou liberalismo, mas sim uma questão de valores éticos e morais de gentes sem escrúpulos e sem sentido de cidadania e de civismo.
Sem uma renovação de(os) valores, Portugal continuará na senda da desgraça e sempre será um país adiado.
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